Juliano Dip foi até o centro de São Paulo para mostrar os efeitos da atuação miliciana na segurança e comércio local. Em reportagem exibida nesta terça-feira (06), o repórter e a equipe do Melhor da Noite foram atacados por usuários de drogas, que contestaram a gravação de suas imagens sem autorização.
“Pague o meu direito de imagem”, gritou um homem, em tom de ameaça, para a equipe de reportagem. A reportagem, no entanto, não era sobre os usuários, mas sobre a segurança e atuação da milícia na região da Cracolândia. Depois da confusão, o repórter acionou a Polícia Militar e a situação foi controlada.
“Vocês podem ver, o fluxo segue aqui intensamente em plena avenida Duque de Caxias. Era exatamente onde a milícia atuava, a venda de segurança privada acontecia aqui, bem pertinho de onde agem os traficantes e onde estão os usuários de droga”, explicou Dip.
“Depois que começou aquela confusão, a gente acionou a 190, rapidamente a polícia apareceu para garantir a segurança, não só a nossa como a dos lojistas. Vocês viram que houve um enfrentamento com o próprio comerciante ali e o que a gente espera é que com o início dessa mega operação a gente consiga dar um passo para recuperar a sensação de segurança no centro de São Paulo, para que não só a Santa Efigênia, mas muitas outras ruas dessa região histórica, voltem a ter a vida, a liberdade e a segurança que sempre tiveram”, disse o repórter.
Comerciantes desabafam sobre situação da região da Cracolândia
Durante reportagem, os comerciantes locais desabafaram sobre a situação da segurança da região. Eles denunciaram que as ruas estão vazias e os clientes têm medo de frequentar as lojas. “O movimento em si, da rua, infelizmente a gente não tem mais. Antes, você passava nesse horário aqui, você não achava uma vaga [para estacionar]. O que está nos mantendo hoje é que temos uma cartela de clientes em si, mas o consumidor que viria na Santa Efigénia, infelizmente é difícil de ver”, disse um deles.
“A pior parte da falta de transeuntes aqui é a falta de policiamento, que agora talvez resolva, uma política que não resolve nosso problema. Você passa aqui em cinco minutos não tem ninguém, daqui dez minutos tem 300 pessoas. A polícia vem e tira por cinco minutos, porque não tem uma guarda fixa”, completou outro.