Triatleta diz não acreditar no arrependimento de atropelador: "Estaria sofrendo"

Em entrevista à Band, Luisa revelou que ela e a família estão tentando reverter a decisão do juiz, que entendeu que o atropelador não tinha a intenção de matar

Da Redação

O Melhor da Noite desta quinta-feira (25) visitou a casa da triatleta Luisa Baptista, que foi atropelada por um motociclista sem habilitação e perdeu parte dos movimentos do corpo enquanto batalhava por uma vaga nas Olimpíadas de Paris. Em conversa com a repórter Barbara Damasceno, a jovem de 29 anos afirmou que não acredita no arrependimento do atropelador.

“Ele disse em uma declaração para uma reportagem que está arrependido, mas uma pessoa arrependida com certeza estaria sofrendo mais do que tentado se livrar...”, desabafou. Luisa foi atropelada por Nayn José Sales, de 27 anos, que não tinha habilitação para dirigir e tinha ido a uma festa open bar antes do atropelamento.

Nayn foi indiciado por lesão corporal culposa, que é quando não há a intensão de matar. Em entrevista à Band, Luisa revelou que ela e a família estão tentando reverter a decisão do juiz. “Sendo bem sincera, eu fiquei bem chateada com o resultado final [do caso] porque eles não levaram em consideração muitas coisas: ele não tinha habilitação, estava em alta velocidade, tinha ido para uma festa open bar", disse. “Uma pessoa nessas condições, com certeza assumiu o risco de matar alguém. A gente está querendo mudar agora o resultado final de lesão corporal culposa para tentativa de homicídio por dolo eventual”, completou.

Apesar de ter perdido a vaga nas Olimpíadas de Paris, Luisa será uma das atletas brasileiras na capital francesa. Ela foi convidada para acompanhar a delegação brasileira e conferir de perto das conquistas das colegas do triátlon. “Eu estou muito feliz, vou ter minha participação em Paris de algum jeito. Eu não vou para competir, mas vou dar um suporte para as outras atletas”, disse.

Eu posso passar um pouquinho da minha experiência para eles, sem contar que essa parte de divulgação do triátlon Brasil, eu que vou estar fazendo.

A atleta finalizou a entrevista brincando sobre a companhia de sua bengala para a viagem a Paris. “Ela vai fazer a companhia para mim em Paris, então eu tinha que personalizar ela para o Brasil, para não parecer uma coisa tão 'de velha' assim”, brincou.