Após morte de Paulo Gustavo, Catia Fonseca faz desabafo contra quem aglomera

Apresentadora criticou quem não segue as medidas preventivas contra a Covid-19

Da Redação, com Melhor da Tarde

Catia Fonseca faz desabafo contra quem aglomera Reprodução/Band
Catia Fonseca faz desabafo contra quem aglomera
Reprodução/Band

A apresentadora Catia Fonseca fez um desabafo no Melhor da Tarde desta quarta-feira, 5, após a morte do humorista Paulo Gustavo. Catia criticou as pessoas que aglomeram sem necessidade, que não seguem as medidas preventivas contra a Covid-19 e que negam as consequências graves da doença.

“A morte de Paulo Gustavo traz para gente uma reflexão necessária já há tempos. Sabe por quê? É difícil, tem gente que fala assim: ‘Tá falando sempre do mesmo, sempre a mesma coisa’. Mas não é gente! Já passou da hora da gente se conscientizar que é necessário levar a sério os cuidados contra a Covid-19”, disse.

“Junto com o Paulo, só no Brasil, 412 mil pessoas morreram. São muitas histórias, muitos sonhos, e o inimigo continua sendo invisível. Só que eu sei, eu também estou no mesmo ponto. A gente está ali cansado, estressado de ter a vida tão limitada. Mas o que a gente tem que continuar fazendo é fazer a coisa certa. O próprio Paulo diz que tinha medo de ter Covid por ter dificuldades respiratórias e ter complicações”, continuou.

“Então, cada um, na nossa maneira de lutar, tem que pensar no seguinte: as nossas atitudes para combater essa doença é a gente se cuidar, com álcool gel, com máscara, distanciamento. Não é hora de fazer aquilo que a gente quer fazer. Esse final de semana tinha, em vários lugares do Brasil, manifestações pró e contra o governo. Não é hora da gente fazer isso! Faça a sua manifestação da sua casa, pelo computador, pelas redes sociais. Vai na janela, faz panelaço, grita. Faz isso, mas cada um se cuidando”, pediu.

“Vamos cuidar da vida de todas as pessoas que vivem com a gente. Porque todas as pessoas querem sobreviver à essa tragédia. Você acha que a gente não está a fim [de sair]? A gente vive falando isso. Desde janeiro que eu não vejo a minha mãe. Antes disso, fazia quase um ano. Claro que todo mundo quer outra vida, mas a gente não quer fazer parte dessa estatística. A gente vê a CPI da Covid acontecendo, não é para sair para rua manifestar nada. Se manifeste em casa, faça a sua parte”, disse a apresentadora.

“Hoje a gente chora pelo Paulo, mas os outros Paulos, Marias e Joãos? São mais de 400 mil brasileiros. Os números de morte de Covid caíram. Gente, 2966 mortes de ontem para hoje é muita gente. Quase 3 mil mortes por dia. São 90 mil pessoas por mês. A gente chega no fim do ano com qual cálculo? A gente tem que chorar pelo Paulo? Tem! Mas o Paulo é o exemplo de uma pessoa que morreu pelo Covid, que se cuidava, que dizem que era um chato de galocha [com a pandemia], que não ia para lugar nenhum, que não recebia ninguém. Mas, porque ele pegou e marido não pegou, os filhos não pegaram?  Vai saber!”, continuou.

“O Rodrigo [Riccó] pegou Covid, até agora a gente não sabe como. Nós somos uns chatos de galocha. A gente atormenta todo mundo, os meninos do estúdio sabem. E isso é sinal de amor. O atormentar é você cuidar, é você exalar. Rodrigo pegou Covid, eu não peguei Covid. Qual é a coerência dessa doença? Ela é totalmente incoerente. A gente tinha muito medo porque o Rodrigo teve asma. Como você já teve asma na infância, a gente nunca sabe como esse vírus vai chegar. Hoje faz mais de anos que ele não tem sintomas nenhum disso. Mas essa doença acomete cada um de que jeito? Não se sabe! Como eu convivi, dormindo com ele, beijando, fazendo amorzinho e tudo mais nesse tempo todo e ele pegou Covid e eu não peguei”, relembrou.

“Como na nossa produção ninguém pegou? Porque ele ficava de máscara o tempo inteiro! Como ninguém de nós aqui pegou? Porque a gente se cuida. Era uma coisa até chata. Tá sendo chata para todo mundo, mas a gente ainda tem uma vantagem muito grande em relação a população brasileira, mais de 19 milhões de pessoas. A gente tem um emprego digno, a gente tem o nosso sustento e a gente não passa fome. Fora isso, a gente tem todos os empecilhos que todo mundo está passando”, explicou Catia.

“Fora isso, baixou a guarda, abriu mais do que deveria abrir… Olha a Índia. Que está passando um momento tão complexo porque saíram para uma festa religiosa. Gente, 400 mil contaminados ao dia na Índia. 400 mil por dia! Você viu aquela situação? Não adianta a gente fechar os olhos para o mundo. A gente tem que aprender com que os outros estão passando. A gente tem no Oriente muitos países voltando a ter problemas. Não adianta achar que Deus é brasileiro, que tudo acontece no mundo e somos privilegiados. Somos todos iguais!”, afirmou.

“Deus é brasileiro? Às vezes eu tenho certeza que é! É tanta bobagem nesse país, a situação tá terrível, mas sinceramente ainda pode piorar. Eu sou otimista quando dá para ser otimista. O otimista tem que olhar com sensatez. O momento é para gente olhar para o Paulo, para quem está morrendo de Covid e de outras doenças que não tem um atendimento adequado porque a saúde pública do nosso país sempre deixou a desejar. Então, que a gente comece a refletir!”, finalizou a apresentadora.

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