De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo vive uma crise de depressão sem precedentes. Os dados revelam que o transtorno deve ser o mais comum no mundo até 2030. Por isso, é importante estar atento aos sinais e entender os tratamentos, além de quebrar uma série de mitos que existem em tornos do assunto. Para isso, o Melhor da Tarde desta terça-feira (25), recebeu o psiquiatra Cyro Masci, tirou algumas dúvidas, como quais os sintomas aos quais se deve prestar atenção.

“A tristeza é um sentimento que faz parte da vida. Agora não é para se conformar com a tristeza que perdura no tempo, que não tem um motivo que você consegue localizar, e que não melhora com nada. Aí você começa a pensar em depressão. Às vezes a depressão é desencadeada em um fato episódico da vida”, destacou o especialista.

Masci também rebateu o preconceito que existe de que depressão seria um sinal de fraqueza ou falta de vontade uma pessoa. “Isso é jogar gasolina no fogo. Dizer isso para uma pessoa que está deprimida é piorar muito o estado dela. Isso jamais se fala para uma pessoa que tem um transtorno psiquiátrico. O pior inimigo da mente saudável é o preconceito. O preconceito nasce de ideias equivocadas”, frisou.

Ao mesmo tempo, ele também ressaltou que a depressão pode causar questões físicos, como dores de cabeça, problemas digestivos e fadiga crônica. O médico ainda destacou que há sim fatores genéticos envolvidos em casos de depressão.

“Se você pegar gêmeos univitelinos, idênticos, que foram criados por famílias diferentes e for acompanhando durante o tempo, você percebe que um deles que estiver em uma família muito estruturada, unida, tem depressão tanto quanto o outro. O que explica isso? Genética. Hoje já temos exames genéticos para identificar isso”, explicou. 

Cyro Masci ainda detalhou os diferentes tipos de depressão que existem, o que pode ser conferido no vídeo acima.