Filho de Rita Lee, João Lee falou sobre os últimas dias da artista, que morreu aos 75 anos, em São Paulo. Durante o velório, que aconteceu no planetário do Parque do Ibirapuera, ele contou para o repórter Rafael Pessina, do Melhor da Tarde, que a cantora deixou um enorme acervo inédito.
"O final foi um pouco inesperado. Foi uma coisa muito rápida, mas ela foi em paz. Esses últimos dois anos foram de muita paz espiritual para ela. Conversamos sobre as experiências que ela teve de vida, as realizações e gratidão que ela tinha por tudo. Ela continuava até o último momento com o desejo de continuar viva", afirmou.
João contou que a mãe deixou um acervo inédito e uma missão para ele. "Era muito importante para ela contar a história pela perspectiva dela. Depois que escreveu o livro, ela falou: 'tenho uma missão para você. Quero que você me ajude a desenvolver todos esses projetos que são paralelos e derivados da minha bio'. Tenho um cronograma gigantesco de coisas montadas, desde filmes, documentário, séries... A exposição está feita. Tem muita coisa", disse.
"Mesmo passando por esse momento, ela não parou. Ela fez música nova, escreveu um livro... Ela ia até o fim com uma força. Um exemplo inacreditável. No que depender de mim, ainda vamos falar muito, muito da minha mãe", disse.
Por que velório de Rita Lee foi no planetário?
Rita Lee adorava o Parque do Ibirapuera, que era próximo de onde ela morava e um lugar que a cantora frequentava com a família.
"Ela é paulistana de coração e morava perto, na Vila Mariana. Ela vinha muito com os pais dela. A minha tia , irmã dela, faz aniversário todo ano no Ibirapuera. A família empre teve uma ligaçao grande. Quando eu era pequeno, ela me trouxe algumas vezes no planterário. Era um lugar pelo qual ela tinha um carinho e que representa essa cidade, além de ser um lugar universal", explicou João Lee.
