Alexandre Canhoni, conhecido por Xand, fez sucesso como líder dos paquitos nos anos de 1990, mas deixou a fama após se converter. O missionário e a mulher se mudaram para o Níger, na África, e lá passaram a realizar trabalhos sociais. Em entrevista ao “Melhor da Tarde”, que foi ao ar nesta sexta-feira (29), ele disse como decidiu mudar radicalmente sua vida.
“Eu não tinha a menor intenção de estar à frente de algum projeto. Não busquei isso, foi acontecendo. Comecei ajudar os mais pobres em 1995. Cheguei a visitar na época o presídio do Carandiru, estudei capelania e teologia. Comecei a ver sentido e prazer neste trabalho. Até que fui conhecer Níger. Lá é o sub mundo do sub mundo. Passamos por muita situação difícil”, contou ele à Catia Fonseca.
Foram vários desafios que Xand e a mulher, Giovana, tiveram de enfrentar ao chegarem ao país em 2002. Ele se lembra de uma perseguição. "Passamos por golpe de estado, por pessoas que não entendem a nossa forma de agir e ser. Tem grupos extremistas no país. Em 2015, tivemos nossa casa queimada e ficamos escondidos por muitos dias”, disse.
Xand também relembrou a época em que foi paquito de Xuxa, no início dos anos de 1990. "Sempre quis ser famoso, desde pequeno. O foco não era ser milionário, mas fazer sucesso. Quanto mais fama você tem, mais você quer. Na época Xuxa escolheu quatro [paquito] e, desses quatro, abriu vaga para ser o cantor. Eu já entrei projetando mjinha carreira solo”, contou.