Diversos famosos já passaram por aquilo que se chama de Transtorno de Imagem. Em 2018, Bruna Marquezine disse que chegou a usar laxante por cerca de três meses para emagrecer após ouvir que estava “gordinha”. Débora Nascimento também falou sobre suas lutas contra a anorexia e a compulsão a alimentar, revelando que começou a repudiar a própria imagem. Demi Lovato também relatou sobre os conflitos que teve com o próprio corpo, tendo desenvolvido distúrbios alimentos devido a problemas de imagem.
Mas afinal, o que é esta doença que afeta tantas pessoas? O neurologista Leandro Teles participou do Melhor da Tarde desta quinta-feira (8) e explicou que se trata de um foco que alguém desenvolve em um problema que acredita ter em seu corpo, seja ele real ou não.
“A nossa autoimagem depende de vários aspectos, não só do que se vê. Depende da sua criação, do estado emocional, do conceito mais amplo de autoestima. Depende de influências culturais, redes sociais, estereótipos de estética. Então as pessoas começar a se desapaixonar ou a se desgostar ou a achar defeitos na forma. Quando isso é muito grave, chamamos de Transtorno Dismórfico. Pessoas com transtorno grave, às vezes não têm nenhum defeito, ou defeitos mínimos, mas aquilo vira uma obsessão”, destacou o especialista.
Entre os sintomas, estão baixa autoestima, sentimento de vergonha, comparações constantes entre o próprio corpo e os corpos de outros e preocupações excessivas com determinadas partes do corpo. Tudo isso pode levar indivíduos a processos autodestrutivos. Segundo Teles, a cultura das redes sociais muitas vezes contribui para agravar o quadro.
“Hoje em dia com essa capacidade das pessoas se comunicarem, darem opinião, a gente tem muito isso dos haters, dos ataques, desse viés destrutivo. Às vezes encontramos uma pessoa e partimos do pressuposto de que ela está bem emocionalmente”, definiu.
