Nico Rezende relembrou sua forte amizade com Cazuza. O artista participou do programa “Do Bom e do Melhor”, apresentado por Danilo Gobatto na Rádio Bandeirantes, o artista contou que o colega foi seu padrinho de casamento e que lhe de presente uma festa inesquecível. Isso porque começaram a aparecer pessoas no local que ninguém nunca havia visto.
“Eu acompanhei o final da vida do Cazuza, ele foi meu padrinho de casamento. Guardo os momentos bons. Ele tinha umas coisas...Ele era o próprio exagerado! Ele me deu de presente uma festa de casamento em que ninguém conhecia ninguém. As pessoas entravam na festa e falavam: ‘É aniversário de quem aqui?’”, relatou o música.
O instrumentista ainda disse que o amigo acabou atrasando a cerimônia do casório: “No meu casamento ele chegou virado do Baixo Leblon. Estava de bermuda, todo mundo naquele calor do Rio de Janeiro. O padre chegou e falou: ‘De bermuda no altar não vai rolar’. Aí o Nilo Romero levou ele até a casa dele para botar a calça jeans. Atrasou o casamento”.
Rezende produziu o primeiro álbum solo de Cazuza, “Exagerado”. Ele foi inclusive responsável por fazer mudanças expressivas em uma das faixas mais famosas do disco, “Codinome Beija-Flor”.
“A Codinome Beija-Flor não era assim. Quando a gente recebeu a canção era tocada no violão. Tentamos um arranjo mais pop, mas acabamos parando nesse piano e quarteto de cordas. Foi um arranjo que ficou muito simples, muito bonito. Mas eu não tinha ideia do que ia acontecer”, frisou.
Nico Rezende construiu uma carreira sólida no universo da música. Em 1987 ele lançou seu primeiro álbum e recentemente relançou o disco “Curta a Vida”, lançado originalmente em 2001. Ao longo de sua trajetória, ele atuou como músico em bandas de cantores como Lulu Santos e Ritchie, o que o levou a ter vontade de alçar seus próprios voos.
“Eu ainda estava na banda do Lulu e gravei o meu primeiro álbum completo. Ele [Lulu] é muito generoso. Um belo dia ele saiu do palco e falou: ‘Com você, Nico Rezende’. Em um show que não lembro onde foi, acho que em Brasília. Me deu aquela tremedeira. Ele me deu esse espaço e todo show acabou virando um número. Ele saía para tomar uma água, descansar um pouco a voz e eu entrava e cantava. Aquilo realmente foi o que me levou para a carreira solo”, lembrou.