O que é hipertensão arterial, doença que afeta Silvero Pereira

Em um desabafo nas redes sociais, o ator contou que mudou sua rotina e alimentação para perder peso

Da Redação

O que é hipertensão arterial, doença que afeta Silvero Pereira
Silvero Pereira participou do quadro Estrelas da Voz
Renato Pizzutto/Band

No último domingo (6), o ator Silvero Pereira contou em suas redes sociais diagnosticado com hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, aos 42 anos e precisou mudar sua alimentação radicalmente para tratar a doença. 

“É fato que não existe um corpo ideal. O importante é você se sentir à vontade com você mesmo e, principalmente, cuidar da sua saúde. Em 2017, eu fiz uma reeducação alimentar e, por meio de exercícios, eu consegui chegar nesse corpo”, explicou Silvero. 

O artista contou que está acima do seu peso. “Agora, com 42 anos, fui diagnosticado como hipertenso. Isso acontece com 1 a cada 4 brasileiros. Estou um pouco acima do meu peso e, para além disso, existe uma questão genética também, então recorri novamente à minha nutricionista maravilhosa”, contou, acrescentando que quer voltar à forma que tinha sete anos atrás”, pontuou. 

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição em que a pressão do sangue nas artérias se mantém elevada constantemente. Essa pressão elevada força o coração a trabalhar mais para bombear o sangue, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo, como doenças cardíacas, derrames e insuficiência renal.

Por exemplo, uma pressão de 120/80 mmHg é considerada normal. A hipertensão geralmente é diagnosticada quando os valores estão constantemente acima de 140/90 mmHg.

Fatores de risco

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão, incluindo:

  • Idade;
  • Histórico familiar;
  • Estilo de vida: dieta rica em sal, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo aumentam o risco;
  • Obesidade, que sobrecarrega o coração, elevando a pressão;
  • Estresse.

Sintomas

Muitas vezes, a hipertensão não apresenta sintomas visíveis, o que faz com que ela seja conhecida como uma "doença silenciosa". Algumas pessoas podem sentir dores de cabeça, tontura ou falta de ar, mas esses sinais geralmente aparecem apenas quando a pressão está muito alta ou já causou complicações.

Tratamento e prevenção

O tratamento da hipertensão envolve mudanças no estilo de vida, como:

  • Adotar uma alimentação saudável, com menos sal e gorduras saturadas;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Controlar o peso;
  • Reduzir o consumo de álcool e evitar o cigarro;
  • Em alguns casos, medicamentos podem ser necessários para controlar a pressão arterial;
  • O acompanhamento regular com um médico é fundamental para monitorar e gerenciar a condição.

Menos de 20% dos pacientes recebem orientação adequada para tratar hipertensão

Considerada uma doença crônica não transmissível, a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para eventos cardiovasculares como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), além de doenças renais e morte súbita. 

Por se tratar de uma condição frequentemente assintomática, manter os níveis da pressão sob controle é fundamental para a saúde.  

Mas nem sempre isso acontece. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) constatou que apenas 18,8% das pessoas com hipertensão no Brasil receberam as orientações adequadas para controle da doença em 2019. 

E o número piorou quando comparado com os dados de 2013, quando 25,3% da população foi orientada corretamente. 

Os pesquisadores analisaram os dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um inquérito nacional domiciliar, que inclui amostra de pacientes de todo o Brasil. Os resultados foram publicados na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde. 

"Nós avaliamos a qualidade da assistência, especialmente quando falamos em rede pública e atenção básica à saúde. Comparando com os dados de 2013 a gente esperava uma melhora nos indicadores, uma evolução, e não uma piora", afirmou a professora Elaine Tomasi, do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFPel, uma das responsáveis pelo estudo. 

Foi considerado como cuidado adequado da doença se os pacientes ouviram recomendações dos médicos e outros profissionais da saúde durante as consultas sobre: manter uma alimentação saudável, reduzir a ingestão de sal, manter o peso adequado, praticar atividade física, não fumar, não ingerir bebida alcoólica em excesso e fazer acompanhamento regular da sua condição. 

A solicitação de exames (urina, sangue, eletrocardiograma e teste de esforço) também foi considerada como um indicador da adequação dos cuidados com a hipertensão. 

*Com dados da Agência Einstein

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