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Jacquin diz que 3ª temporada de Pesadelo na Cozinha é especial: “Mudou a minha vida”

Serão quatro episódios, com estreia em 30/3, nos restaurantes Mamma Júlia, Kitanda Brasil, Ça-Va e Estrela de Roma

Fernanda Frozza

Depois de dois anos do último episódio inédito ir ao ar, Pesadelo na Cozinha  vai estrear a terceira temporada na terça-feira, 30 de março. São quatro episódios gravados no início de 2020, antes da pandemia do novo coronavírus, e com um sabor especial para Erick Jacquin, que decidiu comprar um dos estabelecimentos depois das filmagens. “Me entreguei tanto ao episódio que comprei o restaurante, então só por isso essa temporada é muito diferente. Até mudou minha vida”, conta ele em entrevista exclusiva ao Portal da Band.

Entre os locais escolhidos estão o Mamma Júlia, um self-service localizado na Bela Vista, em São Paulo; o Estrela de Roma, que traz uma relação difícil entre pai o filho; o Kitanda Brasil, em que a proprietária não consegue lidar com os funcionários; e o Ça-Va, um bistrô francês que não tinha nada da França, e foi comprado por Jacquin meses depois da gravação, quando o antigo dono, Antônio Carlos Cirelli, morreu vítima de covid-19.

Além de falar sobre os motivos que o levaram a se tornar o novo dono do Ça-Va, Jacquin conta ainda que já presenciou uma família de ratos durante as gravações, explicou o motivo de Pesadelo na Cozinha fazer tanto sucesso e entregou o o segredo para que os restaurantes driblem a crise e aproveitem a visibilidade da atração. “A gente não faz milagre. Não podemos transformar tudo em uma semana, são as pessoas que devem também querer transformar.”

Assista ao vídeo e leia a entrevista na íntegra.

Por que vale a pena assistir a terceira temporada de Pesadelo na Cozinha?
Cada temporada é diferente das outras. Tem quatro episódios novos maravilhosos. Maravilhosos. Foi parado pela pandemia, mas são diferentes. Tem até um restaurante que foi um pouco diferente porque esse restaurante eu comprei. Então já tem uma história muito grande com essa temporada porque esse restaurante eu acabei de comprar, é um restaurante francês. E, no final, eu me entreguei tanto a esse episódio que comprei esse restaurante, então só por isso essa temporada é muito diferente. Até mudou minha vida. Terminei essa temporada com um restaurante a mais.

Me entreguei tanto a esse episódio que comprei esse restaurante, então só por isso essa temporada é muito diferente.

E como decidiu comprar esse restaurante, o Ça-Va?
Comprei esse restaurante, mas não quis mudar. Quis continuar a contar a história desse restaurante. Deixei o mesmo nome, deixei muitas coisas na decoração. Transformei quase nada. Eu reformei. Tinha a reforma do programa, fiz mais um pouquinho. Deixei dentro os quadros, deixei a frente, deixei do jeito que ele é, o mesmo nome, a cadeira e as mesas de fora do restaurante. Tudo o que comprei e reformei pensei no dono. Então parece que o programa está lá ainda. 

Me senti na obrigação de continuar a história desse restaurante porque em São Paulo nós estamos acostumados a não continuar histórias. Não tem história. A gente compra, quebra, muda o nome, faz outra coisa, os arquitetos chegam, os pedreiros quebram tudo e fazem outra coisa. Muda o nome. Um dia é um bar, aí um restaurante, depois uma discoteca, depois não sei o quê. Então lá eu quis continuar a história, é um restaurante que tem mais de 20 anos, e espero que seja mais 30 anos.

Para você, o que faz o ‘Pesadelo’ ter tanto sucesso?
Ainda os que têm mais sucesso são os piores, os piores restaurantes, é difícil de falar isso. Mas o que dá mais sucesso são as coisas ruins, as coisas mais feias, as coisas mais sujas, as coisas mais podres. O que dá mais sucesso é isso. Infelizmente é verdade. Por isso que o bom Pesadelo na Cozinha é o pior restaurante.

O que dá mais sucesso são as coisas ruins, as coisas mais feias, as coisas mais sujas, as coisas mais podres.

Os melhores pesadelos são os restaurantes que são horríveis. Já vi rato, a gente não mostrou, mas não vou falar o nome do restaurante, mas já vi família de rato circulando dentro do restaurante. Desse tamanho, desse tamanho, desse tamanho. Esses são os piores. E foi um dos melhores de Pesadelo na Cozinha

Você acredita que o programa realmente é capaz de transformar os restaurantes?
Lógico, tem muita gente que tem restaurante que passou no programa que vem me ver depois falando “nossa, obrigada”. Tem gente que fechou, tem gente que não conseguiu depois, mas muita gente vem me ver e falar “pô, Jacquin, obrigada. Foi legal”. Tem gente que conseguiu, mas tem gente que não consegue, faz parte.

Na sua opinião, qual o segredo dos que foram em frente?
A gente não faz milagre. Não podemos transformar tudo em uma semana, são as pessoas que devem também querer transformar, querer fazer, querer mudar, não é só a gente que faz. São eles que fazem. Afinal de tudo, a gente abre o caminho, abre uma estrada e as pessoas devem pegar esse caminho e ir até o final.