A nova campanha publicitária do Burger King, estrelada pelo ex-ator pornô Kid Bengala, causou um alvoroço nas redes sociais, levando a empresa a retirar o comercial do ar. Na peça, lançada na quarta-feira (14), Kid é apresentado como o "especialista em tamanho", uma clara alusão ao seu órgão genital que o tornou famoso na indústria de filmes adultos.
O vídeo dividiu opiniões, gerando polêmica devido ao teor sexual explícito e ao uso de duplo sentido. "Eu, que tenho propriedade para falar de tamanho, vim aqui falar desse exagero", diz o ator no comercial, enquanto anuncia a promoção do hambúrguer descrito como "nada artificial" e "gigante que nem eu".
A peça atinge seu ápice quando, ao tentar morder o sanduíche, Kid Bengala reclama: “Espera aí, não tá valendo ainda, não! Porque o negócio é grande e não cabe na minha boca... Isso é vingança! É vingança!". O vídeo encerra com outra referência ao órgão genital do ator: "Quem disse que tamanho não é documento nunca viu esse exagero", afirma.
No entanto, após críticas e a repercussão negativa, o Burger King decidiu retirar o comercial do ar na tarde seguinte ao lançamento (15). O vídeo já havia acumulado mais de 2,5 milhões de visualizações em plataformas como o TikTok.
Em comunicado, a rede de lanchonetes explicou que suspendeu a campanha "para não ampliar as discussões e polarização nas redes".
Veja o comunicado da empresa:
"O BK sempre foi reconhecido por ser uma marca com uma comunicação moderna, bem-humorada e provocativa, que chama a atenção e cria conversas nas redes sociais. Assim, nós sempre conseguimos ampliar a nossa voz e nossos produtos por meio de campanhas icônicas, como a que realizamos para comunicar o retorno do King em Dobro, por exemplo. Para comunicar a promoção de 2 Whopper por R$ 25, criamos a campanha "Exagero", que de forma divertida, traz trocadilhos que têm por objetivo único entreter o nosso público, majoritariamente jovem a partir de 18 anos. Para não ampliarmos as discussões e polarização nas redes, optamos por retirar o material do ar"
Repercussão nas redes sociais
"Falta de imaginação faz isso. Tem que usar velhos bordões de conotação sexual pois não conseguem criar nada novo", criticou uma. "Muito homem dentro da sala de reunião dá nisso", comentou ouro.
“O hambúrguer já não é saudável, mas, pelo menos, o marketing poderia ser um pouco, né? Não é porque o “apelo sexual” está na moda que dá para usar em tudo. O maior público de vocês (Infelizmente) é o infantil”, reclamou uma cantora gospel.
“POR ESSA A GENTE VOLTA PRO MAC, de péssimo tom. Expliquem agora pro público infantil o que o “tio kid” tem de grande”, disse outro perfil.
Quem é Kid Bengala?
Kid Bengala, cujo nome verdadeiro é Clóvis Basílio dos Santos, é uma figura conhecida no cenário do entretenimento adulto brasileiro.
Tornou-se uma das personalidades mais reconhecíveis do cinema pornográfico nacional nos anos 2000, ganhando destaque pelo apelido que o caracterizava: "Kid Bengala", uma alusão ao tamanho avantajado de seu órgão genital, que supostamente media cerca de 33 centímetros.
No entanto, a verdade por trás desse mito foi revelada por ele mesmo em uma entrevista à Geisy Arruda. Kid Bengala afirmou que, na verdade seu órgão tem dois tamanhos: o original mede 27 centímetros, enquanto o "comercial" é de 33 centímetros, confirmando que o exagero foi uma estratégia de marketing.
Além de sua carreira na indústria pornográfica, Kid Bengala também se tornou conhecido por suas incursões no mundo político. Candidatou-se a vereador em São Paulo em 2008 e a deputado estadual em 2014, porém sem sucesso. As tentativas de eleição se repetiram em 2020 e 2022, sem alcançar êxito em nenhuma delas.
O ex-ator pornô também se tornou um fenômeno da internet, sendo protagonista de diversos memes devido aos seus vídeos, muitas vezes politicamente incorretos, que exploram os mais variados fetiches e temas, incluindo religião, ladrões, furtos e vampiros.
Atualmente, Kid Bengala encontrou um novo espaço de atuação no mundo do entretenimento online, criando conteúdo para plataformas como OnlyFans e Privacy.
