Entretenimento

Sustentabilidade toma Rock in Rio com microfloresta, reciclagem de copos e mais

Festival brasileiro quer engajar público e mostrar como os eventos podem ser mais sustentáveis

Por Bruno Costa

Rock in Rio volta em 2022 após quase três anos de pausa Divulgação/Rock in Rio
Divulgação/Rock in Rio

Após quase três anos de hiato, o Rock in Rio volta a reunir os fãs da música para os grandes shows nacionais e internacionais nos primeiros finais de semana de setembro. Com a proposta de mostrar como os eventos podem ser mais sustentáveis, o festival traz em 2022 iniciativas que exaltam a energia verde e a importância dos cuidados com o meio ambiente.

As marcas que patrocinam o autodenominado "maior evento de entretenimento do mundo" vão se reunir para garantir as ações sociais, o ambientais e o econômicas.

Com a extectativa de contar com o engajamento do público, uma das propostas prevê a reciclagem de cerca de 4,5 milhões de copos plásticos produzidos para os sete dias do festival. As marcas Heineken, Braskem, Natura e Coca-Cola se uniram para reforçar a conscientização em relação à reciclagem, descarte correto dos resíduos não apenas nas lixeiras, mas também nos 4 pontos de descarte espalhados pela Cidade do Rock.

Microfloresta

A marca de cerveja ainda se comprometeu a implementar, dentro do Parque Olímpico, uma microfloresta urbana de cerca de 900m² formada por espécies nativas da Mata Atlântica. A iniciativa faz parte da meta de implantar microflorestas urbanas em 19 capitais brasileiras até 2030, sendo o Rio de Janeiro a primeira cidade a receber a área verde.

As árvores que compõem a microfloresta fazem parte do bioma nativo da região, a Mata Atlântica. Entre as dezenas de espécies, estão o jequitibá-rosa, a maior árvore do bioma, o araçá-amarelo e a grumixama, espécies frutíferas, e o guatambu, árvore de madeira de alta qualidade.

A restauração ecológica utiliza a técnica de Floresta de Bolso, desenvolvida pelo botânico e paisagista Ricardo Cardim, que está à frente do projeto. De acordo com essa técnica, a composição e espaçamento da restauração devem respeitar a evolução original das florestas, o que proporciona crescimento mais rápido, menor índice de perdas, baixo consumo de água e menor necessidade de manutenção.  

“Muitas de nossas cidades, como o Rio de Janeiro, estão dentro do território da Mata Atlântica, um hotspot da biodiversidade global, mas mesmo com tamanho patrimônio natural, o paisagismo e arborização urbana no Brasil estão dominados por plantas estrangeiras. A ideia das Florestas de Bolso de Mata Atlântica é possibilitar áreas verdes funcionais e eficientes em serviços ecossistêmicos e também como ferramentas de educação ambiental, de forma que as pessoas possam conviver, compreender e valorizar sua incrível herança natural.”, explica Ricardo.  

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais