Vocalista da Banda Eva fala sobre relação com ex-integrantes: “Meus professores"

Em entrevista exclusiva ao Band.com.br, Felipe Pezzoni comentou os aprendizados à frente do grupo e ainda deu spoilers do Carnaval 2024

Por Hanna Rahal

A Banda Eva completa 43 anos de carreira e continua sendo uma das gigantes do Carnaval. Vai hit, vem hit, mas quando começa “Me abraça e me beija…” a galera já completa em coro. Em entrevista exclusiva ao Band.com.br, Felipe Pezzoni falou sobre como a banda se reinventou ao longo dos anos, abriu o jogo sobre a relação com os ex-integrantes da banda e ainda deu spoilers do Carnaval 2024. 

Os atuais integrantes do Eva são Felipe Pezzoni (vocais), Marcelinho Oliveira (teclado e voz), Peterson Figueredo (guitarra), Cuca e Hugo Alves (percussão), Max Fragoso (sax), Betinho (baixo) e Esso Brumon (bateria), formação que se estabeleceu a partir de 2013, quando Pezzoni assumiu à frente da banda.

Na última semana, o grupo se apresentou no primeiro dia da São Paulo Oktoberfest e animou o público com os grandes sucessos do Carnaval. Felipe conta, que o público da cidade não só acolheu a nova formação da banda, como também viaja o Brasil inteiro para acompanhar os shows da Eva. 

Para quem diz que passinho é coisa de Tik Tok, a Banda Eva contraria essa lógica e mostra o papel fundamental das coreografias para o axé. Durante o show, o público não ficou parado e lançou coreografias clássicas dos anos 1990 e 2000. Foi possível sentir o clima de um Carnaval fora de época. 

Apesar disso, Felipe Pezzoni confessa que não tem muita habilidade para fazer os passinhos. “ A gente faz um TikTok vintage, né?”, brinca o vocalista. “Eu não sou a pessoa certa para ensinar ninguém, sou bem desengraçado”, completa.

Todo dia é dia de Carnaval

Segundo o Ministério do Turismo, o Carnaval de 2023 bateu recordes. Na cidade de São Paulo, a festa movimentou mais de R$ 2 bilhões. Segundo a Polícia Militar, por dia, 4,5 milhões de pessoas aproveitaram a folia. No Rio de Janeiro, blocos reuniram pelo menos 1 milhão de pessoas. Na Bahia, foram cerca de 2,7 milhões de visitantes em todo o estado, sendo mais de um milhão em Salvador.

Sendo uma festa tão grande, grupos como o Eva, acabam rodeados pela folia que ultrapassa o período de Carnaval e rende o ano todo, para alegria dos foliões do país. Pezzoni conta, que faz com o grupo de axé, mais de 140 shows por ano. 

“É cansativo, mas é muito prazeroso. A nossa vida é um eterno Carnaval e nossa missão é justamente levar a boa música e alegria para o público. Quando a gente tem tudo muito bem definido, é tranquilo”, conta o artista, que ainda planeja desacelerar o ritmo nos próximos anos para conseguir ajustar a rotina de shows com a vida pessoal. 

“São vários papéis. Tem o Felipe pai, o marido, o filho e o cantor. Então a gente tem que criar uma harmonia para poder manter esse equilíbrio em todos os âmbitos da nossa vida”, diz. 

Felipe Pezzoni explica relação com ex-integrantes da Banda Eva

Era 1980 e os amigos do grêmio estudantil do Colégio Marista, de Salvador, não queriam perder o contato após a formatura. Decidiram, então, criar um bloco carnavalesco. E esse foi o início de uma história com mais de 43 anos.  Nesse período, o grupo criou símbolos do carnaval, como o abadá e o carro de apoio, e, principalmente, fez parte da trajetória artística de artistas importantes como Ivete Sangalo, Saulo Fernandes, Durval Lelys, Emanuelle Araújo e Daniela Mercury. 

Que cada cantor levou um pouco da sua verdade e influências, isso é fato. Contudo, para Felipe, em um grupo com uma trajetória tão longa, tem que existir uma ressignificação. “Todos eles são meus professores e mestres. Saulo, Ivete, Emanuelle, Brown e todo mundo que fez parte disso aqui. Tenho muito orgulho de poder dar continuidade a um legado tão bonito deixado por eles e a gente seguir trazendo coisas novas, contando essa história e escrevendo novos capítulos também”, diz.

Com quase 11 anos à frente da banda, o vocalista conta que seu maior aprendizado durante esse período foi entender o objetivo do seu trabalho enquanto artista. “É muito legal poder viver da arte. Mas é preciso saber que a gente é um mero instrumento. Estamos aqui para servir alegria e música. Esse é o nosso propósito. Então, meu maior aprendizado, é ter entendido que a Banda Eva não tem nada a ver comigo. Tem a ver com um propósito que é muito maior que toda a banda”, considera.

Banda Eva dá spoilers sobre o Carnaval de 2024

Não dá para falar de Banda Eva, sem falar de Carnaval.  No próximo ano, o grupo retorna ao seu tradicional desfile aos sábados no Carnaval de Salvador, no circuito Barra-Ondina, após uma experiência em outros dias da folia e pedidos do público. A ideia é arrastar multidões, como fazem todos os anos. 

“O Bloco Eva é um dos mais organizados do Carnaval de Salvador. A gente sempre prepara surpresas e se dedica muito ali para poder proporcionar a melhor entrega para o folião. Então aguardem mais um grande ano de bloco com muito sucesso”, adianta Pezzoni.

Felipe ainda explica, que depois do circuito, a banda passa a viajar pelo país. “A gente não faz só Carnaval em Salvador, fazemos folia no Brasil inteiro e sempre preparamos muita coisa legal”. 

O vocalista ainda faz questão de rasgar elogios ao Band Folia. “Sou suspeito para falar do Band Folia, porque vivi tantos momentos especiais por lá. É sempre muito especial quando a gente vai se aproximando ali do camarote. Vocês sempre dão um show maravilhoso de transmissão. Muito obrigada!”, concluiu. 

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