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Fora do penta por cabeçada em técnico, Djalminha assume erro, mas não lamenta

Da Redação

Djalminha durante papo com o Craque Neto
Djalminha durante papo com o Craque Neto
Reprodução/YouTube Craque Neto 10

Acontece em qualquer resenha boleira: a simples menção ao nome do Djalminha quase sempre vem acompanhada de um lamento. “Um desperdício”, costuma ser falado sobre o meia, craque, um dos melhores dos anos 1990 e 2000, que apesar do talento não disputou uma Copa do Mundo. Para o próprio, porém, está tudo certo, “tudo tranquilo”, como ele mesmo diz em entrevista ao Craque Neto, no canal do apresentador da Band no YouTube.

“Eu tive uma carreira tão maravilhosa que eu não posso lamentar coisas que não aconteceram”, declarou Djalminha em papo no quadro “10 a 1”. “Segue a vida que eu tô nem aí”, completou o comentarista da ESPN.

Entre essas coisas, pelo menos duas Copas do Mundo: 1998 e 2002. Mas as chances com a camisa da Seleção Brasileira nem foram tantas: 14 jogos. Mas com um título no currículo, a Copa América de 1997, aquela do desabafo de Zagallo (“Vocês vão ter que me engolir!”).

No ano seguinte, porém, ficou fora da lista para a Copa da França. O meia vinha de campanhas de destaque com o Guarani e o Palmeiras, incluindo o título do Paulistão de 1996, e já era tratado como estrela no La Coruña, da Espanha. Mesmo em tempos de internet incipiente, as notícias de Djalminha era as melhores, mas nada que fizesse a cabeça de Zagallo.

Perdendo a cabeça

Depois, veio o auge da carreira de Djalminha, campeão espanhol com o La Coruña em um time com o tetra Mauro Silva e o jovem Flávio Conceição. O sucesso valeu mais chances na Seleção, e o meia era considerado nome certo na lista de Felipão para a Copa do Japão e da Coreia do Sul. No início de maio de 2002, porém, tudo ruiu.

Durante um treino do La Coruña, Djalminha discutiu rispidamente com o auxiliar Paco Melo por causa da marcação de pênalti durante um rachão. O técnico Javier Irureta saiu em defesa de Melo e levou uma cabeçada do brasileiro. Menos de uma semana depois, Felipão anunciou a lista da Copa: sem Djalminha e com o jovem meia Kaká. Por um motivo banal, o sonho do penta acabou ainda na Espanha para o brasileiro.

Dezoito anos depois, ele não lamenta, mas concorda com o Neto. Para o apresentador da Band, um trio de craques deveriam ter jogado uma Copa: Djalminha, Alex e ele próprio, Neto. “Nós merecíamos”, diz o meia, que admite o sonho de ter defendido a Seleção em um mundial.

“Lógico que meu maior objetivo, meu maior sonho, era jogar uma Copa do Mundo”, declara.

“Fiz, assumo”

O episódio da cabeçada pontua outra marca da carreira de Djalminha: o temperamento forte. Não foram poucos os casos de explosões. Ele admite o erro, mas evita lamentar.

“Se não fosse essa personalidade que eu tinha, não tinha chegado a lugar nenhum. Essa personalidade que me deu isso tudo. Não tem essa do ‘se’. Fiz, assumo e não tem problema, é isso aí mesmo”, diz.

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