
No fim de 2024, o ministro dos Esportes, das Artes e da Cultura da África do Sul, Gayton McKenzie, foi categórico ao afirmar que o país receberia um Grande Prêmio de Fórmula 1 em poucos anos.
Por isso, o governo abriu inscrições para quem se interessar em promover a prova. O prazo, que originalmente iria até 31 de janeiro, foi prorrogado até 18 de março. E o país já recebeu dois projetos: Johanesburgo e Cidade do Cabo.
“Esta prorrogação dá aos acionistas tempo adicional para o envio de propostas amplas e bem estruturadas, alinhadas com os requerimentos da RFEOI (sigla em inglês para a Solicitação de Expressão de Interesse). O ministério está comprometido com um processo transparente e competitivo para assegurar este prestigioso evento automobilístico”, anunciou o ministério.
A movimentação da África do Sul vem em momento importante. Primeiro, porque a Fórmula 1 já manifestou interesse em correr novamente na África. Segundo, porque Ruanda vem ganhando espaço no cenário e se apresenta como um potencial concorrente aos planos.
Entre os dois projetos sul-africanos, a primeira opção é uma velha conhecida do fã de F1: o circuito de Kyalami, que recebe a categoria entre 1967 e 1985, com um retorno em 1992 e 1993.
O segundo é uma novidade: um traçado de rua na Cidade do Cabo, que passaria pelos arredores do estádio que recebeu jogos da Copa do Mundo de 2010 – uma possibilidade que a própria cidade de Johanesburgo já cogitou. Vale destacar que um traçado semelhante ao proposto recebeu o E-Prix da Cidade do Cabo em 2023.
Apesar da tradição de Kyalami, a Cidade do Cabo é vista com bons olhos. “O circuito proposto se alinha com o crescente interesse da Fórmula 1 em circuitos de rua, seguindo modelos de sucesso como Mônaco, Singapura e Miami”, argumenta reportagem da revista sul-africana Car Magazine.
Qualquer que seja a opção escolhida, a África do Sul tem pressa. O objetivo é voltar ao calendário em 2027, aproveitando a vaga aberta após a saída do Grande Prêmio da Holanda no fim de 2026.
“O ministério espera que os acionistas usem esta oportunidade para apoiar as ambições da África do Sul na Fórmula 1”, diz o texto publicado pela pasta de Gayton McKenzie.