A organização da Fórmula Regional da Oceania anunciou nesta terça-feira (19) que a temporada 2024 terá combustíveis 100% sintéticos nos carros da categoria. A competição é a primeira a realizar a mudança, abandonando os combustíveis fósseis.
A adoção de combustíveis sintéticos na Oceania antecipa um movimento que será realizado pela Fórmula 1 nos próximos anos. A F1 pretende iniciar a utilizar combustíveis sintéticos em 2026, com o objetivo de zerar as emissões de carbono até 2030.
Segundo a Fórmula Regional da Oceania, o combustível sintético – derivado do álcool – reduz em 77,4% as emissões de carbono da categoria em comparação com o combustível fóssil derivado do petróleo. A nova fórmula foi testada ao longo de 2023 e demandou “mudanças mínimas” nos motores para 2024. A competição utiliza motores 2.0 turbo da Toyota.
“Não houve problemas, e o programa de testes mostrou que os carros podem ser rápidos e confiáveis com o combustível”, afirmou Nicolas Caillol, diretor de automobilismo da Toyota Gazoo na Nova Zelândia – o departamento da montadora japonesa é responsável pela competição.
Segundo Caillol, não há motivos para que a Fórmula Regional da Oceania não possa adotar o combustível sintético já a partir de 2024. “Nosso objetivo é a neutralidade de carbono em campeonatos domésticos, estabelecendo novos padrões para a consciência ambiental no automobilismo neozelandês”, acrescentou.
A temporada 2024 da Fórmula Regional da Oceania tem 11 pilotos inscritos. Entre eles, o brasileiro Lucas Fecury, que disputou a USF Juniors e a USF 2000 em 2023, e que correrá pela equipe mtec.
A competição terá cinco rodadas triplas, totalizando 15 corridas entre 19 de janeiro e 18 de fevereiro. Todas as provas serão disputadas na Nova Zelândia.