F1 não deve ter mulheres no grid nos próximos cinco anos, diz Domenicali

CEO da F1 diz que categoria trabalhar para tornar pirâmide de acesso mais inclusiva para pilotas

Da redação

CEO da F1 diz que categoria trabalhar para tornar pirâmide de acesso mais inclusiva W Series
CEO da F1 diz que categoria trabalhar para tornar pirâmide de acesso mais inclusiva
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A Fórmula 1 espera pode contar no futuro com mulheres no grid. Mas para o diretor-executivo da categoria, Stefano Domenicali, isso não deve acontecer nos próximos cinco anos.

De acordo com o italiano, a F1 tem se dedicado à inclusão de mulheres - por isso, elogiou a iniciativa da W Series, categoria de monopostos exclusiva para mulheres, cuja temporada de 2022 acontece nos mesmos locais e datas do calendário da F1. No entanto, afirmou esperar ver as atletas entrando em categorias como a Fórmula 3 e a Fórmula 2.

“Estamos tentando entender como podemos preparar a pirâmide certa também para as meninas entrarem na pirâmide com a idade certa e com o carro certo. Esse é o ponto chave”, disse Domenicali em declarações publicadas nesta quinta-feira (25) pelo site norte-americano da ESPN.

“Estamos muito felizes com a colaboração (da W Series), mas acreditamos que, para poder dar a chance às meninas de estarem no mesmo nível de competição dos rapazes, elas precisam ter mais ou menos a mesma idade, podendo lutar na pista ao nível da Fórmula 3 e Fórmula 2”, acrescentou.

Para efeito de comparação, os pilotos titulares da temporada 2022 da F2 têm entre 19 e 27 anos. Théo Pourchaire é o mais novo (o francês nasceu em 20 de agosto de 2003), enquanto Roy Nissany é o mais velho (nasceu em 30 de novembro de 1994). Ao longo da temporada, no entanto, três pilotos mais velhos disputaram ou disputarão corridas: Jake Hughes (28 anos), Tatiana Calderón (29 anos) e Roberto Mehri (31 anos).

Na W Series, a japonesa Juju Noda é a caçula, com 16 anos (nascida em 2 de fevereiro de 2006), enquanto a finlandesa Emma Kimilainen é a mais velha, com 33 (8 de julho de 1989). Entre as primeiras colocadas da temporada, Jamie Chadwick tem 24, Alice Powell tem 29 e Beitske Visser tem 27.

Para Domenicali, o ideal é que as pilotas possam chegar às categorias de formação da F1 em uma faixa etária mais próxima do restante do grid. 

“Estamos trabalhando nisso para ver o que podemos fazer para melhorar o sistema, e em breve você verá alguma ação. O que posso dizer, por outro lado, falando de forma realista: não vejo (...) uma garota entrando na Fórmula 1 nos próximos cinco anos. Isso é muito improvável”, lamentou.

“Mas queremos construir a pirâmide certa com a abordagem certa, passo a passo, para que eles comecem a correr contra os caras na idade certa, com o carro certo. É nisso que estamos trabalhando.”

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