Ex-patrocinador diz que Valtteri Bottas 'cortou o contato' após fim de acordo

Antti Aarnio-Wihuri diz que contrato previa fim de patrocínio quando renda de piloto atingisse 1 milhão de euros

Da redação

Ex-patrocinador diz que Valtteri Bottas 'cortou o contato' após fim de acordo
Wihuri patrocinou Bottas na F1 até o fim de 2018
Mercedes-AMG Petronas F1 Team

Em entrevista publicada nesta quinta-feira (23) pelo jornal finlandês Ilta-Sanomat, o empresário Antti Aarnio-Wihuri fez duras críticas ao comportamento de Valtteri Bottas nos últimos anos.

Proprietário e presidente do conselho administrativo do conglomerado Wihuri, o bilionário foi patrocinador de Bottas na F1 até o fim de 2018, quando o piloto ainda estava na Mercedes. Aarnio-Wihuri afirma ter investido mais de 20 milhões de euros (quase R$ 123,5 milhões em valores atuais) na carreira do compatriota.

“Paramos de apoiar Bottas quando sua renda pessoal superou 1 milhão de euros. Achamos que não fazia sentido sustentar um cara cuja renda atingira aquele nível”, explicou o empresário, que garante que Bottas nunca mais falou com ele desde então. “Eu me pergunto sobre uma pessoa cuja carreira inteira dependia de nós. Ele cortou o contato”, completou.

O ex-patrocinador explicou que, embora os dois tenham se encontrado em diversas ocasiões, nunca mais se cumprimentaram. Não soube explicar o motivo, mas garante que jamais deixou de cumprir os acordos com o piloto.

“Isso ficou bem claro. Por que ainda apoiaríamos alguém cuja renda fosse superior a 1 milhão de euros? Ora, isso não faz sentido algum. Então, interrompemos esse apoio e transferimos o dinheiro para outros apoios”, explicou.

“Era uma atividade completamente normal, e continua sendo até hoje. Declaramos em todos os contratos de pilotos de corrida que, quando a renda atingir um certo valor, ele (o patrocínio) terminará. Tinha que ficar bem claro para Bottas que, em algum momento, ele não precisaria mais disso”, completou.

Ficou devendo?

O bilionário garante que a transferência de Bottas da Williams para a Mercedes no fim de 2016, após a aposentadoria de Nico Rosberg, não seria possível sem o apoio financeiro.

“Também providenciamos para que ele se juntasse à Mercedes. Ele nunca teria chegado lá sem nós”, garantiu Aarnio-Wihuri, que acredita que o compatriota ficou devendo durante a passagem pela equipe alemã.

“Conheço muito bem a Mercedes, e Bottas era basicamente o segundo piloto. Mas a equipe ainda deu bastante liberdade. Podemos dizer que ele teve uma chance de sucesso. No entanto, ele ficou em segundo lugar – o que agora está bem claro.”

Bottas ficou sem vaga no grid no fim de 2024, quando não renovou contrato com a Sauber. No fim, voltou à Mercedes como piloto reserva, mas o ex-patrocinador não imagina uma nova oportunidade no grid.

“Pelo que entendi, a carreira dele acabou”, acredita.

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