A Fórmula 1, além de ser uma vitrine para a tecnologia e a velocidade, também sempre foi palco para experimentações de pinturas ousadas. Algumas pinturas icônicas se tornaram sinônimo de escuderias, como o vermelho da Ferrari e a McLaren Marlboro.
Porém, muita coisa já aconteceu nos 75 anos de história da maior categoria do automobilismo, até mesmo um carro ‘zíper’ apareceu no grid em 1999. Por isso, relembre algumas pinturas fora do habitual para o cabeça de gasolina.
McLaren amarela no GP de Portugal de 1986
A parceria entre a Marlboro e a McLaren é definitivamente uma dos ‘casamentos’ mais vendedores e duradouros da história da Fórmula 1. A parceria começou em 1974, ano do bicampeonato de Emerson Fittipaldi e rendeu a equipe inglesa 9 títulos mundiais e 96 vitórias.
Em mais de 20 anos de parceria, apenas uma vez as cores da marca de cigarro mudaram. No GP de Portugal de 1986, o carro de Keke Rosberg usou uma pintura com o amarelo no lugar do vermelho, para promover outra marca de cigarro, a Marlboro Lights.
Ferrari azul e branca no GP dos Estados Unidos de 1964
Em 1964, a Ferrari tinha pronto para as pistas, o modelo 250 LM. No entanto, a FIA se recusou a homologá-lo. Enzo Ferrari ficou ainda mais furioso quando o Clube Automobilístico da Itália (ACI) não apoiou a equipe. Em resposta, o ‘Commendatore’ devolveu sua licença de competição à ACI e prometeu nunca mais correr com o tradicional rosso corsa.
Com apenas duas etapas restantes na temporada de Fórmula 1 de 1964, a Ferrari cumpriu sua promessa. No GP de Watkins Glen, nos Estados Unidos, a equipe competiu com o North American Racing Team (NART) e com um carro azul e branco.
Honda com carro Terra em 2007 e 2008
Em 2007, a Honda apresentou ao mundo seu novo carro para a temporada da Fórmula 1, o RA107, em um evento que chamou atenção não apenas pelo lançamento em si, mas principalmente pelo inusitado esquema de cores que se manteve até o fim na equipe na categoria no final de 2008.
Em vez das tradicionais pinturas corporativas repletas de patrocinadores, a equipe optou por uma abordagem inédita: um design que representava a Terra vista do espaço. A iniciativa tinha como objetivo conscientizar sobre as mudanças climáticas e o papel do automobilismo nesse cenário. Em apoio ao projeto, os mais de 30 patrocinadores da Honda aceitaram não exibir suas marcas no carro.
Jordan ‘Bitten & Hisses’ em 1997
O Jordan 197, carro da equipe Jordan na temporada de 1997 da Fórmula 1, ficou marcado pelo seu icônico esquema de pintura influenciado pelo patrocínio da Benson & Hedges.
O monoposto se tornaria um símbolo na história da categoria por trazer o desenho de uma cobra desenhada no bico. Por questões de restrições ao patrocínio de tabaco, em algumas corridas o logotipo da marca tabagista era substituído por ‘Bitten & Hisses’.
Carro ‘zíper’ da BAR em 1999
O lançamento da equipe British American Racing (BAR) para a temporada de 1999 da Fórmula 1 causou espanto entre jornalistas e fãs. Quando os panos que cobriam os carros foram retirados, ali estavam dois carros com duas pinturas diferentes: uma da Lucky Strick e outra da 555.
A estratégia comercial era clara. A British American Tobacco, patrocinadora da equipe, viu na F1 uma oportunidade de promover duas de suas marcas ao mesmo tempo. No entanto, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) rapidamente interveio, alegando que os dois carros de uma mesma equipe deveriam ter designs substancialmente semelhantes.
Diante do impasse, a BAR apresentou uma solução ainda mais inusitada: ao invés de escolher uma única identidade visual, a equipe decidiu dividir a pintura ao meio.
Pela primeira vez na história da Fórmula 1, todas as equipes e pilotos se reunirão para um evento especial de lançamento da temporada, marcando o 75º aniversário da categoria. A festa terá cobertura completa do Grupo Bandeirantes.
