
O diretor-executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, segue disposto a explorar o mercado dos Estados Unidos. Depois de assegurar três corridas no país, o italiano afirmou que gostaria de voltar a ver um piloto norte-americano no grid.
“Isso é importante porque, é claro, as pessoas fazem a diferença. Eles são os protagonistas com os quais todo mundo se sente conectado, e os rostos deles são sempre uma referência. Mas tem que ser algo real”, disse Domenicali nesta segunda-feira (4), de acordo com o site Motorsport.com.
Nas últimas décadas, os pilotos norte-americanos se tornaram mais raros na F1. Em 30 anos, apenas três pilotos do país estiveram no grid: Michael Andretti (pela McLaren em 1993), Scott Speed (pela Toro Rosso entre 2006 e 2007) e Alexander Rossi (na Marussia em 2015).
Por isso, segundo Domenicali, há um trabalho feito com dirigente locais para que pilotos dos EUA não apenas cheguem à Fórmula 1, como também tenham condições de permanecer a médio e longo prazo.
“Eles precisam ser rápidos – do contrário, voltam como um bumerangue. É por isso que estamos trabalhando com a federação americana (em referência à Associação de Automobilismo dos Estados Unidos, a Usma) para investir nisso. É algo que definitivamente não é fácil de alcançar”, acrescentou.
O nome mais cotado dos EUA na Fórmula 1 a curto prazo é Colton Herta, que corre na Fórmula Indy desde o fim de 2018. Com passagem por categorias de formação na Europa em 2016, ele assinou contrato com a McLaren em 2022 para trabalhar como piloto de desenvolvimento.
Herta é especulado como futuro piloto da Andretti, que busca uma vaga na F1 a partir de 2024. Caso se confirme, a equipe será a segunda dos Estados Unidos no atual grid, ao lado da Haas.
“Levará tempo, mas estamos concentrados nisso. Isso teria um grande efeito. É por isso que trabalhamos juntos e respeitamos as funções, mas, para um organizador ou um promotor que queria desenvolver seu negócio nos Estados Unidos, um homem ou mulher do país pode ser muito importante de um ponto de vista esportivo”, afirmou Domenicali.