Fórmula 1

CEO da F1 culpa desinteresse de dirigentes da Alemanha por falta de GP local

"Se eu mesmo não telefonar, vejo e ouço pouco da Alemanha", diz Stefano Domenicali

Da redação

"Se eu mesmo não telefonar, vejo e ouço pouco da Alemanha", diz Stefano Domenicali
"Se eu mesmo não telefonar, vejo e ouço pouco da Alemanha", diz Stefano Domenicali
Divulgação/Red Bull

A volta do Grande Prêmio da Alemanha ao calendário da Fórmula 1 não deve acontecer tão cedo. Em entrevista ao jornal alemão Bild publicada nesta terça-feira (16), o diretor-executivo da categoria, Stefano Domenicali, afirmou ser favorável à realização de corridas no país, mas garantiu receber pouca procura de dirigentes locais.

“Temos que encontrar uma maneira para isso - e se eu mesmo não telefonar, vejo e ouço pouco da Alemanha. Eles falam, falam, falam, mas no final você precisa de fatos", disse.

"É um mistério para mim como você não consegue construir um negócio em torno de um Grande Prêmio hoje em dia. Mas se vocês conseguirem, teremos uma corrida na Alemanha novamente”, acrescentou.

O italiano afirmou que gostaria de ver a F1 novamente em pistas como Hockenheim ou Nurburgring, mas que a realização da etapa precisa primeiro ser financeiramente viável. “O Grande Prêmio deve valer a pena para todos. Não podemos cobrir todos os custos”, argumentou.

O Grande Prêmio da Alemanha fez parte do calendário da Fórmula 1 de 1951 a 2019, com poucas exceções durante este intervalo – a prova ficou fora do calendário oficial em 1955, 1960, 2007, 2015 e 2017. Em 2020, Nurburgring ainda recebeu o GP de Eifel, uma etapa realizada para reduzir o impacto da pandemia da Covid-19 no calendário, já que 13 provas daquele ano foram canceladas.

‘Não estou vendendo a alma da F1’

Enquanto países como Alemanha, Argentina, França e Portugal perdem espaço na Fórmula 1, outros mercados ganham força, como Estados Unidos e Oriente Médio.

Para Domenicali, a mudança de eixo da F1 é uma adequação natural a novos tempos.

“Não estou vendendo a alma da Fórmula 1. Isso é uma mudança normal. Estamos nos abrindo para o mundo inteiro”, defendeu-se.

“O dinheiro é importante em todos os lugares. Também para nós. Mas não olhamos apenas para isso - o pacote geral tem que estar certo. Se olharmos apenas para a conta, o calendário de corridas definitivamente seria diferente”, garantiu.

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