
A previsão de tempo para o fim de semana do Grande Prêmio do Bahrein é de calor, com temperaturas mínimas de pelos menos 23 graus e máximas superando os 30 graus todos os dias até domingo. Neste cenário, a Fórmula 1 deverá estrear o sistema de resfriamento oferecido para pilotos em 2025.
A novidade, no entanto, parece ainda não agradar os integrantes do grid. Perguntado se estava confortável com a novidade, Oscar Piastri foi taxativo ao responder: não.
“Acho que ainda há o que evoluir, um processo com a FIA e os fabricantes. Mas, para mim, pessoalmente, ainda não está bastante pronto para ser usado”, afirmou o australiano da McLaren, que reconheceu que “há muito trabalho sendo feito” a respeito.
O pessimismo foi o mesmo por parte de Esteban Ocon. Para o francês da Haas, a adequação do sistema ao cockpit está longe do ideal.
“Precisamos basicamente refazer o assento todo. E nem sei se, fazendo isso, ele ficaria ajustados nos cantos. É uma boa iniciativa, mas precisa de mais reflexões a respeito, de como acomodá-lo melhor”, analisou.
O sistema de refrigeração dos pilotos deve ser utilizado em corridas disputadas com temperatura ambiente a partir dos 30 graus. Nestas circunstâncias, a temperatura no cockpit pode atingir – e até superar – os 50 graus.
O kit para 2025 é composto por blocos de gelo que esfriam o fluído que circula no colete dos pilotos, de maneira que o corpo do piloto seja resfriado pela circulação do líquido. O aparato pesa cerca de 5 kg e pode ser instalado nas paredes do cockpit ou na carroceria do carro. Em 2024, ele chegou a ser testados no GP do México por um piloto mantido em sigilo.
Para os pilotos, no entanto, o sistema oferecido ainda não é o ideal. “Ainda precisa de algum trabalho, esta é a realidade. Depende de quão desesperado você está para se refrescar no carro. Vai se resumir a isso”, afirmou Lance Stroll, da Aston Martin.