O nome Lance Strulovitch soa estranho, não é? Pois é. Então vamos usar o sobrenome profissional para facilitar: Lance Stroll. É o piloto canadense da Aston Martin, filho do bilionário Lawrence Stroll.
Com apenas 23 anos, Stroll já está na sexta temporada da Formula 1. Começou na Williams em 2017, fez pódio logo no primeiro ano, no Azerbaijão. Já conquistou pole position na Turquia em 2020, em um dia de chuva. Mas nunca se firmou de verdade.
O ímpeto da juventude, por vezes, custou caro a lance. E os erros sempre são um gatilho para a velha crítica: “Ele só está na Fórmula 1 por causa da grana do pai”.
É bem verdade que Lawrence Stroll comprou a Force India e a transformou em Racing Point para ajudar o filho. Também é verdade que o papai Stroll comprou a Aston Martin e rebatizou a equipe de Fórmula 1 com o nome da montadora.
Mas Lance sempre se esforça para tirar o máximo do carro. Neste ano, a Aston Martin começou mal, mas ele já pontuou em duas corridas – foi décimo na Emilia-Romagna e em Miami. No Azerbaijão, o carro quebrou. Agora, corre o GP do Canadá em casa.
“Acho que estamos melhorando enquanto equipe a cada corrida. Espero que esse fim de semana seja bem melhor, vamos ver”, disse, em entrevista exclusiva à Band.
“Quero dizer, Barcelona é muito diferente desta pista. Em Miami, fomos mais competitivos. Em Ímola, ambos os carros estavam nos pontos. Apenas Barcelona foi um fim de semana difícil para nós. Montreal é um tipo de pista diferente, agora ainda estamos aprendendo muito enquanto equipe.”
Stroll já pontuou em Montreal, em 2017 e 2019. Já bateu em uma primeira volta, em 2018. Mas voltar a correr no Canadá depois de três anos é especial. Em 2020 e 2021, a etapa ficou fora do calendário da F1 por causa da pandemia da Covid-19.
“Montreal é uma das corridas mais emocionantes no calendário. Muitas pessoas gostam de ir. Não tivemos nos últimos anos, então é ótimo voltar”, comemorou.
“É incrível quando você corre em casa e todo mundo está te apoiando e torcendo por você. É uma sensação especial. Normalmente é um fim de semana muito agitado, com muitos compromissos e coisas do tipo. Correr em casa é um fim de semana intenso, mas eu sempre gosto e espero”, assegurou.
O GP diante da torcida é diferente pela pressão. Mas Stroll se mostra tranquilo para encarar mais esse desafio.
“Não acho que a pressão seja maior. Acho que a empolgação em torno do fim de semana é melhor. Você sabe, acho que é apenas energia positiva e floresço nisso, quando tenho o apoio dos fãs canadenses”, analisou o piloto da Aston Martin.
“É ainda mais recompensador quando tenho bons resultados. A comemoração é ainda mais empolgante”, acrescentou.