A Alpine somou pontos com os dois pilotos no Grande Prêmio do Japão, no último domingo (24). Mas precisou trabalhar nos bastidores para evitar mais uma crise.
Pierre Gasly vinha em nono no fim, com Esteban Ocon em décimo. No entanto, a equipe pediu para Gasly ceder a posição ao companheiro – o piloto do carro número 10 não gostou, e só abriu a porta para o carro 31 na última curva da última volta.
Segundo Bruno Famin, chefe interino de equipe da Alpine, a decisão foi tomada para compensar uma troca anterior: Gasly vinha melhor e passou Ocon para assumir a nona posição e tentar alcançar Fernando Alonso, oitavo com a Aston Martin. Como não conseguiu, a inversão foi desfeita: Ocon terminou em nono, com Gasly em décimo.
“No final da corrida, procuramos capitalizar a vantagem dos pneus e o ritmo do Pierre, visando o oitavo lugar. A oportunidade estava próxima e decidimos trocar de posição na pista com o objetivo de maximizar o resultado da equipe, dando ao Pierre a chance de perseguir o oitavo lugar. No final, ficamos sem voltas e ritmo e tomamos a decisão de trocar os pilotos”, explicou Famin.
“Tomar estas decisões nunca é fácil, mas todas as decisões são tomadas tendo em primeiro lugar o melhor interesse da equipe”, acrescentou.
Em comunicado da Alpine, os pilotos trataram de encerrar logo qualquer polêmica.
“Parecíamos competitivos, alcançamos o ritmo de Fernando à frente, e chegar nele parecia ser possível. Como equipe, temos algumas coisas para revisar, para vermos o que podemos fazer de melhor na próxima vez”, disse Pierre Gasly.
“Foi um bom trabalho de equipe para tentar alcançar mais pontos e, no fim, provavelmente conseguimos o máximo do que tivemos hoje (domingo). Temos muitas coisas para discutir, e queremos voltar mais fortes no Catar daqui duas semanas”, afirmou Esteban Ocon.
A Alpine é a sexta colocada do Mundial de construtores, com 84 pontos. No Mundial de pilotos, Pierre Gasly tem 46 e é o 11º, enquanto Esteban Ocon é o 12º com 38.