FIA investiga uso de tratores no resgate de carros durante GP do Japão

Presença de maquinário enfureceu pilotos, que lembraram acidente de Jules Bianchi

Da redação

Presença de maquinário enfureceu pilotos, que lembraram acidente de Jules Bianchi Reprodução
Presença de maquinário enfureceu pilotos, que lembraram acidente de Jules Bianchi
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A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) divulgou um comunicado neste domingo (9) para informar que irá investigar o uso de tratores no resgate de carros parados na pista durante provas da Fórmula 1.

A nota foi ao ar horas depois do Grande Prêmio do Japão. Logo no início da prova, a organização utilizou maquinários do tipo para resgatar a Ferrari de Carlos Sainz, que abandonou após rodar sozinho na primeira volta. O incidente provocou uma paralisação de mais de duas horas na corrida.

“Embora seja prática normal o resgate de carros em condições de safety car e bandeira vermelha, dadas as particulares circunstâncias e também levando em conta o feedback de vários pilotos, a FIA iniciou uma revisão dos eventos envolvendo o uso de veículos de recuperação durante o Grande Prêmio do Japão”, diz a nota.

“Isto é parte da prática comum de análise de todos os incidentes de corrida, para assegurar contínuas melhorias de processos e procedimentos”, completa o texto.

A presença de tratores na pista provocou a irritação dos pilotos, que lembraram principalmente o acidente de Jules Bianchi durante o GP do Japão de 2014. Na ocasião, o piloto da Marussia sofreu uma grave lesão cerebral após bater em um trator à beira da pista, morrendo meses mais tarde.

“Estou feliz de estar seguro em casa hoje à noite. Por respeito a Jules, sua família, por nossa segurança e à dos comissários, jamais deveria haver um trator ou comissários na pista em tais condições com baixa visibilidade. Ponto”, escreveu Pierre Gasly (AlphaTauri) no Twitter. O francês foi punido após reclamar, sob alegação de excesso de velocidade ao cruzar com uma das máquinas.

“Como isso aconteceu? Perdemos uma vida em circunstâncias assim anos atrás. Nós arriscamos nossas vidas, especialmente em condições como esta. Queremos correr. Mas isto... (É) inaceitável”, reforçou Lando Norris, da McLaren.

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