
Nikita Mazepin está fora da Fórmula 1 desde o começo de 2022, quando foi dispensado pela Haas como consequência do conflito entre Rússia e Ucrânia. Mas acredita ser o piloto russo com mais chances de conquistar uma vaga no grid da categoria nos próximos anos.
Em entrevista publicada nesta quarta-feira (22) pelo site da edição russa da revista Forbes, Mazepin disse acreditar que tem condições de voltar à F1, superando inclusive a competição de outros pilotos do país a médio prazo.
“Veja, eu tenho 25 anos agora. Acho que se um russo aparecer na Fórmula 1 nos próximos sete anos, serei eu. Porque se alguém me ligar e disser que em quatro meses eu tenho que estar ao volante, não haverá problema algum. E eu definitivamente estarei em perfeita forma atlética até os 32 anos. Estou mais bem preparado agora do que quando estreei na Fórmula 1 (...). Então espero que, se você vir um russo num futuro próximo (na F1), que seja uma pessoa com meu nome e sobrenome”, afirmou.
A declaração vem em um momento de baixa da Rússia no automobilismo internacional. O país não deve contar com pilotos em categorias como a Fórmula 2, a Fórmula 3 e a Fórmula Regional Europeia. O principal piloto russo em 2025 deve ser Robert Shwartzman, que disputará com nacionalidade israelense a temporada da Indy como titular da equipe Prema.
Desde que foi dispensado pela Haas, Nikita Mazepin tem se concentrado em disputar competições de endurance na Ásia, com participações pontuais em outras categorias. Em 2022, o piloto foi afastado de competições na Europa em decorrência de uma lista de sanções promovida pela União Europeia a atletas russos e bielorrussos – uma pena que foi diminuída em setembro de 2023 e encerrada em março de 2024.
Mazepin acredita que é cedo para pensar em um retorno às pistas europeias, mas tem objetivos para os próximos anos.
“Antes de falar sobre um possível retorno à Europa, preciso resolver questões de visto e passaporte. Tenho 92% de certeza de que tudo deve correr bem”, disse. “E então, é claro, tenho grandes objetivos para o WEC, no qual quero competir. Mas acho que essa é a meta para 2027 ou 2028”, completou.