Esporte

Batedor de pênaltis, goleiro herói do CRB explica estratégia que parou o Palmeiras

Diogo Silva ajudou equipe alagoana a eliminar o atual campeão: "Não tem como não se emocionar"

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

“O jogo contra o Palmeiras foi um dos maiores momentos da minha carreira. Não tenho medo em dizer que pode ter sido o primeiro. E não tem como não se emocionar, né.” A afirmação é de Diogo Silva, goleiro do CRB e herói da classificação da equipe alagoana sobre o Palmeiras pela Copa do Brasil, em entrevista à Rádio Bandeirantes. nesta quinta-feira (10).

O camisa 12, inclusive, revelou que estava preparado para bater um dos pênaltis diante do Verdão. A cobrança com estilo chamou a atenção em meio à tensão da disputa.

“Já treino há alguns anos, inclusive já bati em outras decisões. Claro que não tinha aquele peso, aquela proporção de ontem (quarta). O adversário era gigante”, explicou o goleiro, que comentou sobre o novo conceito dos goleiros de futebol que jogam mais com os pés nos dias atuais.

"A primeira função do goleiro é sempre em defender, mas hoje em dia tem que ter a coragem, a qualidade pra jogar com os pés”.

O arqueiro do CRB ainda explicou a estratégia nos pênaltis contra o Palmeiras e disse que foi uma mistura entre improviso e estudo.

“Foi um pouco de cada. O Vitor, nosso analista, passou as prováveis cobranças. E aí a gente coloca em prática nos treinamentos para que na hora a gente analisa melhor a corrida do batedor, o momento dele. Ontem fui feliz e consegui pegar três pênaltis", relembrou.

O atleta negou um suposto menosprezo do Verdão sobre o CRB.

“Quando nós entramos em campo, antes mesmo do apito inicial, a gente falou ‘Ó, o time dos caras está concentrado, está focado’. Tínhamos uma estratégia de não tomar gol nos primeiros 15, 20 minutos, até pra gente se acostumar com o gramado. Crescemos ao longo da partida e graças a Deus achamos um gol e foi o trabalho de segurar a pressão do Palmeiras”, justificou.

Diogo Silva também falou como o tempo no Vasco o ajudou na sua carreira.

“Demorei uns 2, 3 anos pra jogar, o que acabou me prejudicando, porque é ruim pro goleiro ficar sem jogar. E no futebol, infelizmente, quando algo dá errado a gente escolhe alguém, e quando dá certo também escolhemos, como aconteceu comigo. Foi um aprendizado, mas eu também participei dos melhores momentos do Vasco. Copa do Brasil em 2011, retorno à Série A em 2014 e o título da Taça Guanabara e o Campeonato Carioca”, recordou.

Por fim, Diogo contou os momentos que teve com Weverton, goleiro do Palmeiras e da seleção brasileira durante a disputa pela vaga.

“No corredor antes do jogo, eu parabenizei ele por estar representando o nosso país e na hora dos pênaltis eu falei: ‘Olha, pra mim é uma honra estar dividindo esse momento com você, essa noite. Que Deus te abençoe e que o melhor vença’. E quis o Senhor que fossemos nós, o CRB”.

Diogo Silva, goleiro do CRB, conversou com Alexandre Praetzel, Ricardo Capriotti e João Paulo Cappellanes no programa Esporte em Debate.

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