Não é difícil descobrir para qual time torce a família Cireia, moradora do Jardim Marabá, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A fachada da casa já entrega.
No muro, o verde e o branco predominam, dividindo espaço com desenhos do mascote Periquito e do personagem Hulk segurando o distintivo do clube. No interior da casa, mas verde e branco. Por todos os cômodos.
"Meu pai era palestrino, descendente de italiano, e me levou pro estádio pela primeira vez para ver o Palmeiras. A gente já tinha pintado a casa de verde, aí decidimos fazer um símbolo, um outro desenho", conta Jeferson, o patriarca da família.
O filho, Viktor, não fica longe no quesito paixão pelo Palmeiras. Ele deu uma mostra dessa veneração na final da Copa do Brasil de 2015, contra o Santos.
"Tinha gente vendendo ingresso na entrada do Allianz Parque por 800 reais. Eu estava com 500 reais e mais uma blusa nova do Palmeiras, que tinha acabado de comprar. Ofereci para um vendedor e ele aceitou. Eu largo tudo pelo Palmeiras", conta.
Vendedor de carnes e dono de um bar que funciona na porta de casa, Jeferson promete abrir o freezer em caso de vitória do Palmeiras sobre o Flamengo, na final da Libertadores.
"Se vir assistir ao jogo com a gente com a camisa do Palmeiras, ganha chopp. Se sair gol do Palmeiras, é mais um chopp e, em caso de título, é chopp de graça pra todo mundo", garante.