Jornalista, amante do jogo explicado por números e estatísticas e apreciador do bom futebol; do "tiki taka" à licença poética do chutão.
A torcida tricolor costuma dizer que ganhar Fla-Flu é normal, mas não cabe normalizar um triunfo diante deste Flamengo que não perdia há 19 jogos. Era o “time de Copas”, o finalista da América. E isso só aumenta o valor dos 3 pontos conquistados pelo Fluminense no Maracanã. É a vitória de um conceito de jogo; de um conceito de Diniz.
Fernando Diniz provou no último domingo que possui o antídoto contra o estilo “Malvadão” que o Flamengo impunha aos adversários desde a chegada de Dorival Jr. Independente da linha alta rubro-negra, o treinador tricolor pôs seu time para sair jogando, tocando a bola e dando chutão na desconfiança e nas críticas dos que cornetaram após a eliminação do Flu na semifinal da Copa do Brasil, diante do Corinthians.
Sim, ainda falta aquela taça para Diniz ter o currículo pesado, o linkedIn mais acessado, a pompa dos renomados, mas não falta personalidade, qualidade e nem a tal “brasilidade” que tanto clamamos na nossa Seleção. E antes que as cornetas voltem a soar, uma questão: Dunga, por acaso, passou na prova de títulos quando assumiu o cargo de técnico do Brasil?