Maraturismo: conheça 6 países correndo na Europa

Objetivos de corredores de diferentes partes do mundo é cumprir as 6 principais meia-maratonas da Europa e busca da Super Medalha

Maraturismo: conheça 6 países correndo na Europa
Prova em Lisboa teve 17.791 corredores cruzando a linha de chegada da Super Half
Cacá Filippini

Esses dias me disseram: “Amiga, tô achando que seu amor pela corrida é desculpa pra viajar...”. E não é que, em partes, ela tem razão! 

Já contei aqui para vocês que chamo carinhosamente, essa mistura de correr e viajar pelo mundo, de maraturismo. Mas o que, talvez, vocês não saibam é que tem mais gente de olho nessa tendência que só cresce!

Desafios para diferentes distâncias

Para os maratonistas - aqueles que percorrem 42,195km em uma prova - há o circuito da World Majors Marathon, inicialmente com seis destinos diferentes: Tóquio, Londres, Boston, Berlim, Chicago e Nova York. E desde 2024, inclui também, Sidney, na Austrália. 

Como já contei aqui, o objetivo de corredores do mundo inteiro é cumprir todas as provas em busca da tão sonhada Mandala Six Stars.

Atentos ao aumento espetacular no número de participantes dessas provas e em um público que ainda não estava contemplado por elas, organizadores se uniram e criaram o Circuito Super Halfs em 2022, que em tradução livre pode ser chamado de ‘As super meias’ (maratonas). Dessa forma, os amantes de provas com 21,097km (meias maratonas) têm a oportunidade de conhecer seis destinos e conquistar a ‘Super Medal’.

Inicialmente estava estabelecido o prazo de 60 meses para que os corredores completassem essa jornada. Mas, como tudo que está ligado à corrida ‘explode’, a Super Halfs precisou se adaptar. A organização entendeu que pela alta demanda não haveria inscrições para todos dentro desse prazo e mudou as regras. Assim, não há um tempo determinado para conclusão dessa jornada. 

As provas

O circuito Super Halfs é formado pela meia maratona de Lisboa (Portugal), Praga (República Checa), Copenhague (Dinamarca), Cardiff (País de Gales) e Valência (Espanha). Todas provas consideradas rápidas, com elos da IAAF (Associação Internacional de Federação de Atletismo)  e em cidades repletas de lugares para se conhecer ou ‘maraturistar’.

No último domingo, dia 09 de março, euzinha, Cacá Filippini, participei da primeira prova do circuito 2025 em Lisboa e posso dizer para vocês que, de fato, é uma prova rápida. 

Super Half Lisboa

A largada acontece no início da Ponte 25 de Abril, um dos cartões postais portugueses.  Logo, é preciso se atentar a como chegar no local que é mais distante do centro. Em geral, há duas formas de chegar: transporte exclusivo de agências especializadas ou ‘comboio’ (trem). Mas fique atento com a quantidade de pessoas indo para o mesmo destino: isso pode retardar o seu percurso. Por isso, recomendo fortemente que se programe e estude as possibilidades no dia anterior à prova.

De acordo com as informações dos organizadores, foram 32 mil inscritos ao total, distribuídos nas três provas: meia maratona, 10k e 7k. E os resultados preliminares mostram que 17.801 corredores cruzaram a linha de chegada da Super Half dos 20 mil inscritos e ainda 7.292 corredores completaram os 10k e 552 concluíram a prova de 7k. 

Reafirmando a tendência do maraturismo, a prova contou com 13 mil corredores estrangeiros, representando 120 países do mundo - Espanha, França, Inglaterra, Itália e Alemanha são os países com maior quantidade de participantes. 

Prós e contras

Banheiro é sempre um ponto que nós, corredores, reclamamos. Assim como em edições passadas, a quantidade de pessoas versus a quantidade de banheiros químicos estava aquém. Como resultado, muitos de nós optamos pelo ‘matollete’ (o famoso xixi na moita). 

Quanto aos pontos de hidratação, observei uma farta quantidade de água oferecida a cada estação, bem como isotônico e gel de carboidrato. 

Porém, a chegada foi um pouco tumultuada, pois a área de dispersão era muito estreita e de pouca vazão. Há relatos de corredores que simplesmente pararam antes mesmo da linha de chegada. 

Contudo, tive uma excelente experiência e, sim, voltaria a fazer esse percurso. Aliás, vale dizer que muitos corredores locais afirmam que a prova tem melhorado a cada ano. 

Como prêmio, além da famosa dupla medalha-banana, uma cidade inteira para explorar e criar novas memórias. E aí, que tal embarcar nessa em 2026? 

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