Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF, afirmou que vai reassumir o cargo na próxima sexta-feira (3), mesmo com a decisão da Comissão de Ética de prorrogar o afastamento dele por mais 60 dias do cargo, em decisão nesta terça (31)
Rogério Caboclo está afastado do cargo desde junho, após denúncia de assédio moral e sexual a uma funcionária. Ele ainda é acusado de assediar sexualmente outra funcionária e de assédio moral contra um diretor de tecnologia de informação da entidade.
Na semana passada, o grupo já havia recomendado o afastamento por 15 meses, mas a confirmação da punição será debatida em uma assembleia geral da entidade, com as 27 federações estaduais de futebol, ainda sem data definida após o impasse. Caboclo pode voltar ao cargo, caso tenha sete votos a favor dele. Se a punição for ratificada, o cartola voltaria a comandar a entidade em setembro de 2022 - seu mandato é previsto até maio de 2023.
Em nota, Rogério Caboclo disse que a prorrogação do afastamento não tem respaldo legal e foi definida em um processo carente de provas, no qual ele não foi ouvido. A nota diz ainda que a defesa vai tomar as medidas cabíveis para garantir que Caboclo reassuma as funções à frente da confederação.
No momento, Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, preside a CBF interinamente.
Veja na íntegra a nota da defesa de Rogério Caboclo:
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, lamenta mais uma manobra realizada pelos aliados de Marco Polo Del Nero, ex-dirigentes banido do futebol por corrupção, para impedi-lo de voltar ao cargo que é seu por direito.
A prorrogação do afastamento de Caboclo pela Comissão de Ética não tem respaldo legal e, portanto, é sem efeito. O presidente da CBF reassumirá o cargo na próxima sexta-feira, quando acaba o prazo do afastamento anterior.
O novo ato da Comissão de Ética é mais um capítulo escandaloso do golpe que aplicam contra um presidente legitimamente eleito com 96% dos votos.
A decisão da Comissão de Ética foi tomada em um processo carente de provas e no qual Caboclo sequer foi ouvido.
A defesa de Rogério Caboclo tomará todas as medidas cabíveis para garantir que o comandante da CBF reassuma suas funções e volte a imprimir o rumo que a entidade necessita em direção a uma gestão moderna e livre da corrupção.