
A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, realizada pelo Senado, pediu o indiciamento de Bruno Tolentino Coelho, tio do meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham, em relatório divulgado nesta segunda-feira (10).
Tolentino foi enquadrado no artigo 199 da Lei Geral do Esporte, que define crime "dar ou prometer vantagem para alterar o resultado de uma competição esportiva". A pena para este tipo de caso varia entre dois e seis anos de prisão, além de multa.
Tio de Paquetá, Bruno Tolentino, que foi ouvido na CPI das apostas em outubro de 2024, teria feito apostas combinadas em que Lucas Paquetá e Luiz Henrique, à época no Real Betis, levariam cartões amarelos em partidas do Campeonato Inglês e Campeonato Espanhol, respectivamente.
Segundo o relatório da CPI, Tolentino fez o pagamento de R$ 30 mil para Luiz Henrique, atualmente no Zenit-RUS, em fevereiro de 2023.
Conforme extratos bancários analisados pela CPI, Tolentino pagou a si mesmo a quantia de R$ 839.696,44, em 258 transações.
Além do tio de Paquetá, o relatório final da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas indicia outras duas pessoas: William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade.
Rogatto foi preso pela Interpol, em Dubai, em novembro de 2024. Ele se intitulava o ‘Rei do Rebaixamento’, e afirmou ser o responsável pela queda de 42 times do futebol brasileiro por meio de esquema de manipulação de resultados.
Thiago Chambó Andrade, por sua vez, já era investigado por possíveis manipulações na operação do Ministério Público de Goiás, com a Operação Penalidade Máxima.