Sem citar Robinho, Danilo fala sobre machismo e pede conscientização na Seleção

O lateral da seleção falou sobre machismo na sociedade e que é importante passar por uma conscientização dentro da seleção desde a base após os casos envolvendo Daniel Alves e Robinho

Da Redação

O lateral-direito da seleção brasileira, Danilo concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (22) e falou sobre machismo e sugeriu para Rodrigo Paiva iniciar uma conscientização dentro da seleção, desde as categorias de base.

“Como jogador há mais tempo na seleção, é importante que eu fale. Acho sim que é importante passar por uma conscientização dentro da seleção, desde as categorias de base.", disse.

“É importante, falo mais uma vez para o Rodrigo (Paiva, diretor de comunicação da CBF), poder iniciar essa conscientização, trazer conversas e debates, principalmente para a juventude que é onde a gente consegue formar de forma mais genuína esse pensamento, se colocando no lugar das mulheres de forma empática e que elas possam ter mais liberdade para poder ocupar os lugares que merecem ocupar”, concluiu.

O jogador explicou o papel dos atletas no dia de hoje, que as ações têm poder de influenciar positiva ou negativamente e que são exemplo de comportamento dos jovens.

“Nós, atletas, temos que entender o lugar que a gente ocupa, entender que nossas ações têm um poder maior de influenciar positivamente e negativamente. Está na hora de entender melhor que nosso também é servir de exemplo de comportamento para a juventude”, falou o lateral.

Sobre machismo, Danilo disse:

“Eu procuro me dissociar da figura de jogador, porque a vida continua. Ser jogador é uma parte da minha vida, mas eu tenho outra parcela que também é importante. Dentro dessa parcela cabe aprendizado”, explicou.

“Temos que entender que temos mães, irmãs, filhas, esposas, namoradas e que essas mulheres passam por provações e pensamentos que os homens não passam, como pensar em que roupa vai sair. Conversando com uma pessoa outro dia, ela me disse: 'Se tem um caminhão parado na rua, eu não passo atrás porque tenho receio que ali tenha alguém que me faça mal'. Nós, homens, não temos esse tipo de receio", finalizou.

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