Jorge Jesus passou 13 meses à frente do Flamengo, entre junho de 2019 e julho de 2020. Pouco mais de um ano, mas suficiente para ficar marcado na história do clube.
A cada treinador que assume o time carioca, o questionamento é sempre o mesmo: será que um dia ele volta?
“Acho que é possível. Não sei quando. Em uma rede social que eu tenho, que é o meu Instagram, 80% (das interações) são fãs brasileiros que me acompanham”, afirmou o treinador português, atualmente à frente do Al Hilal, em entrevista à Band.
Mesmo morando na Arábia Saudita, o Mister está sempre de olho no trabalho do pupilo, Filipe Luís, no comando do Rubro-Negro.
“Eu continuo falando muito com o Filipe - não agora, que ele foi para os Estados Unidos. É importante: ele, quando já era jogador, ele sabia o que ele queria ser, sabia que queria seguir a carreira de treinador, e foi à procura daqueles treinadores de referência para ele, que pudessem dizer algo em função da ideia dele. Ele sabe o que quer. É um jovem treinador”, analisou Jorge Jesus, lembrando que “os primeiros anos não são fáceis” na carreira à beira do gramado.
Cabral da bola
O português abriu o caminho para os conterrâneos fazerem história no Brasil, como Abel Ferreira no Palmeiras e Arthur Jorge no Botafogo.
“(Abel) fez um bom trabalho de princípio no Palmeiras, como o Arthur Jorge fez no Botafogo, como eu já tinha feito antes. Eu fui o primeiro, fui o Pedro Álvares Cabral a chegar ao Brasil em termos de futebol”, comparou, listando os feitos à frente do Flamengo.
“Eu ganhei o estadual (2020), a Libertadores (2019), a Recopa (2020), a Supercopa (2020), o Campeonato Brasileiro (2019). Eu ganhei tudo, só não ganhei o Campeonato do Mundo (2019). Foi por pouco”, descreveu.
Neymar de fora
Hoje, o treinador faz sucesso na liga saudita como técnico do Al Hilal e está envolvido em uma polêmica: não inscreveu Neymar na competição. Por isso, o jogador deseja encerrar o vínculo com o clube árabe.
“Neymar é meu superstar, é a superestrela, que infelizmente – para ele e para mim – não tive a sorte de ele estar em tanto tempo em competição comigo. Há 15 meses ele teve uma lesão grave, está tentando recuperar. Não está na liga saudita, porque temos o número de oito estrangeiros, e neste momento, para ele poder ser inscrito, é preciso tirar alguém da inscrição, para além da administração (do clube). Aí são eles que têm sempre a primeira decisão”, justificou.