Hoje faz dez anos que Ronaldo parou de jogar. O Fenômeno resolveu pendurar as chuteiras em 12 de fevereiro de 2011, quando ainda atuava pelo Corinthians. William Machado, capitão do Timão quando o camisa nove chegou ao Parque São Jorge, participou do programa Nossa Área com Guilherme Cimatti e falou sobre o adeus do craque.
William, que já tinha parado de jogar, tentou convencer Ronaldo a ainda atuar mais tempo: “Para tentar ajudar de alguma forma, eu encontrei os jogadores abatidos e fiz um trabalho de formiguinha para recolocar o ânimo. Era um grupo vencedor e forte. O Ronaldo já tinha dado demonstrações da capacidade dele de poder ser decisivo. E era isso que se esperava dele. Só que ele, para chegar nesse patamar, se dedicou demais. Ele se superou em muitos momentos. O que ele precisaria fazer novamente, aquilo foi ficando cada vez mais difícil. O corpo humano tem limites. A gente teve um papo e eu falei isso para ele, que eu pensava que ele poderia ser um cara essencial, mas que seria necessário que ele se sacrificasse novamente. Ele disse que sabia disso. Depois ele me ligou e disse que iria parar de jogar. Eu tomei um susto.”
Antes da parceria no Corinthians, William e Ronaldo atuaram pela Seleção Brasileira Sub-17, no começo dos anos 90.
O ex-zagueiro estava no exterior quando soube que o Fenômeno jogaria com ele no Corinthians: “Eu tinha saído de férias e aí fiz uma viagem para o exterior. Eu estava numa estação de trem na Itália. Apareceu uma notícia lá que o Ronaldo tinha acertado com o Corinthians. Eu comecei a sorrir”, contou.
“Como capitão eu fui receber e dar as boas vindas. Até pela nossa relação. Para explicar algumas coisas de Corinthians. Ele sempre teve uma simplicidade muito grande. Em pouquíssimo tempo, ele deixou todo mundo bem à vontade”, afirmou.
William lembrou os treinos de Ronaldo no Corinthians: “Muito acima da média. O Mano Menezes reuniu os goleiros e deu uma bronca, pensando que estavam facilitando para ele”, lembrou.