Entrevistado no programa Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (26), o ex-chefe de arbitragem do VAR Sérgio Corrêa aposta em uma melhora da arbitragem sobre o comando de Wilson Luiz Seneme. O dirigente destacou também que a arbitragem brasileira é honesta.
“A arbitragem brasileira é honesta, não tenho dúvida disso. E não tenho dúvida que teremos uma melhora com a nova comissão sendo formada agora pelo Seneme”, destacou.
Há 17 anos como chefe do VAR, Sérgio Corrêa falou sobre por que a profissionalização da arbitragem não foi realizada no país e também destacou que a arbitragem no Brasil está um nível intermediário em tomada de decisões.
“O tema da profissionalização é antigo, mas que é difícil porque a legislação trabalhista é bastante complicada. Temos 680 árbitros e mais de 120 analistas em atividade. Em termos financeiros, isso é um impeditivo. Mas também as dificuldades trabalhistas e legais impossibilitam a profissionalização”, afirmou.
“O Brasil não é o país com o tempo mais demorado na tomada de decisões do VAR, nem o mais rápido. Estamos em uma faixa intermediária. Temos algumas dificuldades em relação ao resto do mundo, como qualidade de transmissão e quantidade de câmeras. Enquanto no Barcelona x Real Madrid temos imagens em 4K e mais de 40 câmeras, temos 22 em um clássico nacional”, completou.
Por fim, Sérgio Corrêa palpitou que Wilton Pereira Sampaio deve superar Raphael Claus e ser o árbitro brasileiro na Copa do Mundo de 2022 no Catar por conta de sua experiência no Mundial. “Acho que o Wilton é o favorito por já ter disputado uma Copa do Mundo (em 2018, como VAR) e inclusive foi o VAR reserva na final. Mas se for o Claus, o Brasil também estará bem representado”, finalizou.