John Textor, dono da SAF do Botafogo chegou no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (3), pela tarde, com o novo treinador da equipe alvinegra, Artur Jorge. Logo após o desembarque no aeroporto, Textor foi para Cidade da Polícia, para depor sobre as acusações de manipulação de resultados no Brasileirão. Após ficar mais de 3h pretando depoimento, o dirigente foi até o Nilton Santos, onde o Botafogo foi derrotado por 3 a 1 pelo Junior Barranquilla, em confronto da Libertadores.
Textor falou com a imprensa no término do jogo e declarou que está tentando há muito tempo entregar as provas de manipulação no campeonato nacional:
“Estou tentando há muito tempo entregar provas para pessoas que se importam com isso. Eu mandei para o STJD, eles continuam falando que eu não entreguei provas. Eu entreguei há semanas provas completas de manipulação de resultados. Os nomes foram omitidos para proteger a identidade dos jogadores envolvidos. Eu me importo com a lei. Se alguém está envolvido num escândalo de manipulação, essa pessoa também tem direitos. Não consigo entender como o STJD, que tem processos não confidenciais, continua pedindo provas.”
O dono da SAF do Botafogo negou que acusou profissionais do Palmeiras e São Paulo, e disse que não tem problemas com a presidente Leila Preira e Júlio Casares.
"Eu não fiz nenhuma acusação contra o Palmeiras, nenhuma contra o São Paulo. O que eu fiz foi entregar as provas de manipulação de resultados, com envolvimento de jogadores. Eu não sei quem fez essas pessoas se envolverem nisso. Estou tentando administrar um clube. Mas quando isso aconteceu devastou o campeonato, no ano passado. Leila, abaixe suas "armas", você não conhece as provas que enviei. Julio Casares, você é meu amigo e não pude falar contigo sobre isso por conta da natureza das provas."
“Eu me preocupo mais com a regra do jogo, aparentemente, do que o STJD. Eu posso provar 100% que isso aconteceu”, completou Textor.
Em exclusiva para Globo, quando Textor chegou ao Nilton Santos, ele citou que conversou com pessoas que não pareceram estar torcendo por nenhum clube e falou sobre a empresa francesa, a ‘Good Game!’, que contratou em 2023 para analisar os jogos do Brasileiro.
“Eu fui à delegacia, comecei o processo, entreguei provas, dei meu depoimento. Eu tenho muito mais provas do que um relatório da Good Game!. (...) É um dia maravilhoso. Falei com investigadores independentes e razoáveis que não pareceram estar torcendo por clube nenhum. É muita informação, são meses de coleta de dados. É muito o início de um processo muito saudável."