Esporte

Gabriel Casagrande superou inexperiência e Covid para chegar na final da Stock

Fanático pelo Grêmio, piloto de 26 anos entrou na categoria em 2013 e foi impedido de competir no final de 2020 por testar positivo para a doença

Vinícius Batista

Gabriel Casagrande, da Vogel Motosport, busca título inédito da Stock Car Duda Bairros/Stock Car
Gabriel Casagrande, da Vogel Motosport, busca título inédito da Stock Car
Duda Bairros/Stock Car

Gabriel Casagrande é um dos pilotos mais jovens do grid de 2021 Stock Car, mas a idade não se tornou um impeditivo para disputar o título da categoria. O pato-branquense é o líder da temporada com 336 pontos e só depende de si para ficar com o título, que será disputado neste final de semana, em Interlagos.

Estreante na categoria em 2013 com apenas 18 anos, Gabriel revela que seu início foi prematuro, mas que isso não o impediu de ser competitivo e brigar pelo título. Ainda mais depois que não pôde competir no final do ano passado após testar positivo para a Covid-19.

“Confesso que comecei um pouco cedo (na Stock Car). Entrei na categoria com 18 anos. Poderia ter esperado um pouquinho mais, esperado amadurecer um pouco mais. Fui comendo pelas beiradas e neste ano cheguei na final com a vantagem. Ano passado infelizmente não corri porque testei positivo para Covid, mas hoje estou mais focado do que nunca.”

A Band e o Bandplay transmitem todas as emoções da Super Final da Stock Car neste domingo (12), a partir das 13h30, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo.

A trajetória de Gabriel nas pistas, porém, não foi fácil. Vencedor em vários locais e mais fã de Turismo do que da Fórmula 1, o piloto competiu na Europa, na Fórmula Renault, antes de voltar ao Brasil após não conseguir patrocinadores para se manter no Velho Continente.

“Não vou mentir, a Fórmula 1 nunca foi um negócio que me deslumbrou muito. Eu sabia desde o início das condições financeiras que teriam que ter para chegar lá, o quão difícil era chegar na Europa. Eu fui um ano e voltei, porque não consegui patrocínio. Eu sempre gostei de carros de turismo, e a Stock Car é a maior categoria da América Latina”, conta.

Gabriel Casagrande disputa o título da temporada de 2021 da Stock Car contra dois pilotos de peso: o tricampeão Daniel Serra, filho do também campeão da categoria por três vezes, Chico Serra, e Thiago Camilo, desde 2003 na competição. Para o “novato”, isso é um incentivo para os jovens pilotos fãs de automobilismo.

“Sou o mais novo dos três postulantes ao título. O Thiago ainda não tem um título, mas é um dos maiores vencedores. O Daniel é tricampeão. Então eu sou a ovelha negra entre os finalistas”, fala.

Torcedor fanático do Grêmio, Gabriel revela que tem recebido apoio de outros gremistas para buscar o título da Stock Car e dar uma alegria vinda do Imortal, candidato ao rebaixamento à Série B.

“Eu uso o número 83 por causa do ano do Mundial do Grêmio! A minha relação com o Grêmio era muito mais próxima quando eu podia ir nos jogos. Sempre quando tinha corrida em Porto Alegre ou em Tarumã eu ajustava os horários para ir aos jogos."

“Confesso que fico bem estressado quando vejo os jogos. Nem estou acompanhando os últimos porque a situação está ruim. Mas recebo muitas mensagens de gremistas falando ‘pô, você tem que dar uma alegria para a gente!’. Espero que todos que curtem a Stock Car torçam para mim também”, completa.

Gabriel Casagrande quer fazer história. O jovem de 26 anos quer levar o título e ser recebido com festa em Pato Branco, no Paraná, sua cidade natal. Mais do que isso: quer servir de inspiração aos pilotos mirins que sonham entrar no automobilismo.

“Todo menino que começa tem o sonho de vencer, de ser campeão. O Gabriel menino certamente está orgulhoso e torcendo para o Gabriel maior. Espero poder aproveitar isso que eu construí para poder dar orgulho para todos os pato-branquenses, os sudoestinos do Paraná, as crianças no kart…para que eles torçam para o mais novinho e saber que eles podem chegar.”

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