Gustavo Scarpa volta ao Brasil e ironiza fala de Bigode: "Tô precisando orar"

Após sofrer golpe com aquisição de criptomoedas, ex-Palmeiras volta ao Brasil para tentar reaver os valores

Redação

Ex-Palmeiras, o meia Gustavo Scarpa, foi liberado pelo clube em que atua na Inglaterra, o Nottingham Forest, para tentar resolver em São Paulo, junto aos seus advogados, o golpe que sofreu com aquisição de criptomoedas

Na Justiça, o atleta Willian Bigode, que era um dos sócios da empresa, conseguiu o desbloqueio de suas contas, e Scarpa vai tentar recuperar o prejuízo. 

A empresa prometia lucros de até 5% do valor investido, ao mês. Além de Scarpa que perdeu mais de R$ 6 milhões, o lateral Mayke também teve prejuízo de mais de R$ 4 milhões. 

Mais cedo, em sua rede social, Gustavo Scarpa fez uma publicação onde ironizou uma das falas de Bigode na troca de mensagens entre os dois: “Tô precisando orar mais, realmente", escreveu.

Entenda o caso

O atual jogador do Nottingham Forest, da Inglaterra, investiu R$ 6,3 milhões na empresa Xland, que gere investimentos em moedas e ativos virtuais. A gestora foi indicada por William Bigode, com quem jogou no Palmeiras. Scarpa começou a investir os valores em junho de 2020.  

Em agosto do ano passado, o jogador tentou resgatar parte de seu dinheiro e não conseguiu, o que levantou a suspeita de golpe. A promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, valor muito acima dos rendimentos disponíveis no mercado.  

Também colegas de Palmeiras, os jogadores Mayke e Weverton investiram com a empresa. Além da Xland, Scarpa e Mayke processam outras duas companhias: WLJC e Soluções Tecnologia. 

Juntos, eles tentam reaver mais de R$10 milhões investidos. A WLJC tem William Bigode como sócio proprietário.  

O Ministério Público do Acre (MP-AC) investiga a Xland por suspeita de pirâmide financeira. Segundo nota do órgão, a empresa prometia lucros exorbitantes às custas de dinheiro pago por outros investidores, ao invés de receita gerada pelo negócio - tipo de operação chamado de esquema de Ponzi.  

Além disso, a empresa, que tem filial em Rio Branco, responde a três processos na Justiça acreana, sob acusações de calote aos investidores.

Em nota a uma emissora de televisão, Willian Bigode negou as acusações, disse que também é vítima de um golpe e que teria perdido R$17,5 milhões investindo em criptovativos. O jogador afirma que não recebeu o resgate de valores, que solicitou em novembro do ano passado.

Os sócios da Xland afirmam que estão à disposição para cooperar com todas as autoridades e para esclarecer todas as dúvidas em relação aos procedimentos jurídicos que serão adotados para honrar o pagamento dos clientes.

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