Ex-campeão peso-leve (70 kg) do UFC, Rafael dos Anjos sabe o que precisa ser feito dentro do octógono para ser campeão. O veterano de 38 anos aconselhou os compatriotas que estarão em disputa no UFC 283, neste sábado (21), na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro.
O UFC 283 marca o retorno da categoria ao Brasil e terá transmissão da Band em TV aberta, em Bandplay e em Band.com.br a partir das 20h30 (horário de Brasília).
“É um momento único [disputar o cinturão], um trabalho da vida inteira praticamente para aquele dia. Então acho que o lutador tem que esvaziar a cabeça completamente, tentar focar só na luta. Tem muitas distrações em lutas de cinturão, muita mídia, muita coisa acontecendo. Eu acho que o lutador tem que focar 100% na luta, estar com os pés no chão e entrar para deixar tudo lá dentro do octógono. Tem vezes que a gente cadencia um pouco, mas luta de cinturão, lógico que tem parte técnica e tudo mais, mas você tem que ir para deixar tudo lá dentro. Tem que ir preparado mentalmente para isso”, afirmou o lutador à Band.
Neste fim de semana, Glover Teixeira enfrenta o americano Jamahal Hill valendo o cinturão dos meio-pesados. Esta é a luta principal do UFC 283. Já Deiveson Figueiredo, que faz a luta co-principal diante do mexicano Brandon Moreno, sobe ao octógono pela cinta dos moscas.
O brasileiro, que lutou pela última vez em dezembro do ano passado, teve uma experiência em outra categoria do UFC. Aos 38 anos, ele venceu Bryan Barberena por finalização (mata-leão) na divisão dos meio-médios (77 kg).
Como entrou no octógono recentemente, ficou inviável a sua participação no evento do Rio de Janeiro. O desencontro foi lamentado pelo brasileiro.
“Eu lutei aqui no Brasil acho que em 2012, em Jaraguá do Sul. Queria fazer uma luta no Rio, mas eu lutei há cerca de 40 dias, ficou muito em cima para lutar no 283. Com certeza eu gostaria de ter uma oportunidade de lutar no Rio. Quintal de casa, tô morando aqui agora, faz dois anos. Seria ótimo fazer uma lutinha aqui”, afirmou.
Na ativa mesmo aos 38 anos, RDA traçou as metas para 2023. “Eu nunca paro de treinar. O plano é fazer de duas a três lutas esse ano, 2021 foi um ano bem devagar para mim, duas cirurgias, me cuidei. Profissionalmente, em luta, não foi legal. Mas agora eu quero fazer de duas a três lutas, pelo menos. Para março, abril já estaria pronto, para fazer meu camp., preciso de cinco, seis semanas, sete no máximo. Já fico pronto para lutar”.