Esporte

Melo sobre Djokovic: “Não pode fazer o que quiser por ser número um do mundo”

Duplista brasileiro falou sobre a polêmica envolvendo participação do sérvio no Aberto da Austrália

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

O tenista brasileiro Marcelo Melo comentou nesta quarta-feira (12) as polêmicas envolvendo a participação de Novak Djokovic no Aberto da Austrália. Além de não se vacinar, o número um do mundo teria tido contato com algumas pessoas quando estava positivado para a Covid-19. 

“No fundo cada um faz o que quer, mas cada um também vai arcar com as consequências. Porque o mundo não pode ser dessa maneira: ‘eu faço o que quero porque sou número um do mundo e passar bem’”, disse Melo em entrevista à Rádio Bandeirantes

Na conversa com Lucas Herrero no programa Nossa Área, o brasileiro também criticou a organização da competição, que não deixou claro como a situação seria resolvida. “Não vejo na vinda dele um erro, mas o fato de ser de fato positivo e ter visitado alguém é completamente errado”, afirmou o brasileiro. 

Antes de toda esta polêmica, Melo criticou Djokovic durante a Olimpíada de Tóquio e à época acusou o rival de abusar das provocações durante a partida de duplas mistas entre Brasil e Sérvia. “Eu conversei com ele duas vezes sobre o que aconteceu. Ficou normal entre nós. Eu deixei claro minha posição. Tem certas coisas que não deveriam ser feitas por ele”, disse. 

Prestes a disputar o Australian Open nas duplas ao lado do croata Ivan Dodig, Melo entende que o exemplo precisa ser passado da maneira correta pelos atletas em geral. “A gente chega no aeroporto e uma criança fica feliz em me ver. Eu tenho responsabilidade muito grande no que eu vou fazer dentro e fora de quadra”, concluiu o tenista de 38 anos.

Entenda o caso de Djokovic na Austrália

Melhor tenista da atualidade, Djokovic passa por uma série de polêmicas desde que foi divulgado que a vacinação seria obrigatória entre os participantes do Australian Open. 

Sem esclarecer seu status de imunização, ele conseguiu uma isenção médica para participar do torneio, mas foi barrado no desembarque no país. Depois de ficar detido na imigração por alguns dias, porém, ele passou por uma audiência na segunda-feira, 10, e conseguiu recuperar o visto para permanecer na Austrália. A organização do Australian Open, inclusive, divulgou a lista de participantes no torneio e o sérvio aparece como cabeça de chave número 1 do Grand Slam.

No entanto, mesmo que momentaneamente o sérvio esteja liberado para ficar no país, o juiz Anthony Kelly, que conduziu a audiência na segunda, destacou que sua decisão pode ser revertida pelo ministro da Imigração, Alex Hawke, que tem o poder de determinar que Djokovic seja deportado da Austrália.

Nesta quarta-feira, 12, o número 1 do mundo usou as redes sociais para se desculpar pelo “erro administrativo” no preenchimento de seu formulário de entrada no país da Oceania e admitiu ter desrespeitado o isolamento social após testar positivo para covid-19. 

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