Não tem jeito, é terminar um dia de disputas olímpicas que começam a aparecer a “tabela” dos Jogos: o tal quadro de medalhas. Ele mostra supostamente os melhores países da competição, dividido pelo número de ouros, pratas e bronzes.
A obsessão de torcedores e analistas com o país “vencedor” faz a gente se perguntar: existe um país campeão da Olimpíada?.
A resposta é não. O COI (Comitê Olímpico Internacional) nem sequer reconhece a existência de um quadro de medalhas.
Segundo o COI, tal prática incentiva a rivalidade entre os países, o oposto dos ideais do olimpismo, conceito que define a promoção da união dos povos através do esporte. Tanto que a entidade divulga os números de medalha por ordem alfabética, não por quem ganhou mais.
A notícia de quem “ganhou” a Olimpíada serve para os comitês promoverem o sucesso de seus projetos esportivos. Essa disputa ainda ficou ainda mais acentuada nos tempos de Guerra Fria, quando EUA e União Soviética disputavam quem tinha mais poder, inclusive o esportivo.
O conceito de “vencedor dos Jogos” é tão subjetivo que houve uma polêmica em 2008, nos Jogos de Pequim.
Tradicionalmente, os meios de comunicação fazem o quadro priorizando o número de ouros, com pratas e bronze servindo apenas de desempate. Naquele ano, a China seria a “vencedora” da competição, mas alguns órgãos de imprensa norte-americanos mostram o quadro com o total de medalhas, que dava vantagem para os EUA.