A partir desta sexta-feira (26) a cidade de Paris vai começar a respirar os Jogos Olímpicos. Não que seja assim uma novidade, pelo menos para um parisiense bem mais velho.
Há cem anos, a Cidade Luz foi pela última vez a capital mundial do esporte, e trouxe tradições que duram até hoje na cultura olímpica.
Veja curiosidades:
A Vila Olímpica
Antes de 1924, era bom um atleta classificado para a Olimpíada já antecipar a reserva de um hotel. Cabia aos próprios esportistas a busca de acomodações para a sua estadia durante a competição.
Foi só em Paris que foi instituída a regra que a cidade-sede precisa obrigatoriamente providenciar “alojamento, comida e camas” para todos os atletas terem as mesmas condições ao longo da disputa.
Não que os atletas que estiveram em Paris há cem anos tivessem desfrutado muito luxo. A Vila Olímpica foi apenas série de cabanas de madeira perto do Estádio Olímpico.
Quase três meses de Jogos
E, acredite, poder economizar na diária de hotel era um alívio financeiro enorme para os competidores.
Os Jogos de 1924 duraram de 4 de maio até 27 de julho - um total de 84 dias de competição. A Olimpíada deste ano, em comparação, terá uma diferença de 16 dias entre a cerimônias de abertura e encerramento.
Poderia ser pior. Os Jogos de 1908, em Londres, duraram 187 dias, um total de seis meses de muito esporte.
Brasil sem brilho
O esporte brasileiro esteve pouco iluminado durante Paris (19)24. O país levou 12 atletas para a Olimpíada, nas competições de atletismo, remo e tiro esportivo. Nenhum deles subiu no pódio.
Nasce a Celeste Olímpica
Nossos vizinhos uruguaios, em compensação, fizeram história. Eles foram campeões no futebol masculino, ganhando o apelido “Celeste Olímpica”. O apelido acompanha a seleção uruguaia desde então.
Os celestes ainda conquistaram o bicampeonato em 1928, a última medalha de ouro conquistada pelo país até hoje.
Carruagens de Fogo
Os 100 metros rasos de Paris teve como grande campeão o britânico Harold Abrahams. Em 1981, a história do atleta ganhou fama com o filme Carruagens de Fogo. A música tema da obra acabou virando o “hino” dos corredores.
Tarzan medalhista
A relação dos Jogos de Paris não acaba na telona. O campeão da natação daquele ano Johnny Weissmuller. Se a sua carreira na piscina não traz lembranças, mesmo conquistando cinco outros naquela Olimpíada, talvez o seu grito te chame atenção. Ele depois interpretou o personagem Tarzan em 12 filmes, criando inclusive o icônico grito de guerra do rei das selvas.
