Esporte

Renan chama Copa América de “campeonato da morte” e faz apelo a Neymar

Relator da CPI da Covid disse que é "inacreditável" o Brasil receber o torneio em meio à pandemia

Da Redação

Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a palavra no início da sessão desta terça-feira (01) para fazer críticas contundentes à realização da Copa América do Brasil. 

“É inacreditável que o governo federal queira sediar a Copa América aqui no Brasil no exato momento em que a pandemia se agrava e enche como nunca os nossos cemitérios e nossas UTIs. A terceira onda começa a chegar. Seria transformar esta Copa América em campeonato da morte”, declarou o senador.

Em seguida, Renan Calheiros cobrou que a seleção brasileira, em especial seu capitão e camisa 10 Neymar, se posicione contra a disputa da competição continental em território brasileiro.

“Já que nós não podemos fazer um apelo ao presidente da República, ao ministro da Saúde e à CBF, que tem se transformado em negacionista e até irresponsável por querer patrocinar este evento, quero nestas poucas palavras me dirigir à seleção brasileira, aos seus jogadores, ao seu treinador e ao Neymar”, afirmou.

“Não concorde com a realização da Copa América no Brasil, Neymar. Não é este o campeonato que a gente precisa disputar. É o campeonato da vacinação, Neymar. Precisamos disputar, ganhar e você precisa marcar gols para alterar o placar. No campeonato da vacinação estamos em um dos últimos lugares, mas no campeonato da morte somos campeões, o segundo país com mais mortes. Não se permita entrar campo na Copa América enquanto seus amigos, conhecidos e parentes continuam a morrer e a vacina não chega no nosso país”, completou Renan.  

Um dia depois de a Argentina desistir de ser sede por causa do avanço da pandemia, a Conmebol anunciou na manhã de segunda-feira (31) que o torneio acontecerá no Brasil em junho e agradeceu a colaboração do governo de Jair Bolsonaro. As sedes ainda não foram definidas. 

Por outro lado, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou à noite que “não tem nada certo” sobre o torneio, mas que o governo federal está trabalhando para ajudar a CBF.

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