Santos tem em média dois técnicos por ano na década

Demissão de Pedro Caixinha evidencia instabilidade no comando técnico do clube, que vive sequência de ciclos curtos desde 2020

Da redação

Santos tem em média dois técnicos por ano na década
Pedro Caixinha foi demitido nesta segunda-feira (14)
Raul Baretta / Santos FC

A demissão de Pedro Caixinha, anunciada nesta segunda-feira (14), expôs novamente um dos principais problemas do Santos nos últimos anos: a falta de continuidade no comando técnico. Com a saída do português, o clube soma agora 12 treinadores diferentes desde 2020, e chegará a 13 com o próximo nome a ser anunciado para o comando técnico.

Caixinha ficou apenas 18 jogos à frente do Peixe, com 7 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, encerrando mais um ciclo curto. Antes dele, nomes como Diego Aguirre (5 jogos, 20% de aproveitamento), Paulo Turra (7 jogos, 28%), Lisca (8 jogos, 38%) e Ariel Holan (12 jogos, 42%) também passaram rapidamente pela Vila Belmiro. A média do Santos é de mais de dois técnicos por ano na década.

Entre os que permaneceram por mais tempo, destacam-se Odair Hellmann (34 jogos, 44% de aproveitamento), Fernando Diniz (31 jogos, 44%), Fabián Bustos (30 jogos, 44%) e Cuca, que somou 50 jogos entre 2020 e 2021 com 51% de aproveitamento. O recordista no período é Fábio Carille, que acumulou 80 partidas entre 2021 e 2024 e teve duas passagens com resultados contrastantes: 46% na primeira e 62,8% na segunda. Em sua segunda passagem, Carille também conquistou o título da Série B em 2024, devolvendo o Santos à elite do futebol brasileiro.

Confira os técnicos do Santos neste período:

  • Jesualdo Ferreira (2020): 15 jogos, 6 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 49%.
  • Cuca (2020/2021): 50 jogos, 20 vitórias, 16 empates e 14 derrotas. Aproveitamento: 51%.
  • Ariel Holan (2021): 12 jogos, 4 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 42%.
  • Fernando Diniz (2021): 31 jogos, 11 vitórias, 8 empates e 12 derrotas. Aproveitamento: 44%.
  • Fábio Carille (2021/2022): 27 jogos, 9 vitórias, 10 empates e 8 derrotas. Aproveitamento: 46%.
  • Fabián Bustos (2022): 30 jogos, 9 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. Aproveitamento: 44%.
  • Lisca (2022): 8 jogos, 2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Aproveitamento: 38%.
  • Odair Hellmann (2023): 34 jogos, 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas. Aproveitamento: 44%.
  • Paulo Turra (2023): 7 jogos, 1 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Aproveitamento: 28%.
  • Diego Aguirre (2023): 5 jogos, 1 vitórias, 4 derrotas. Aproveitamento: 20%.
  • Marcelo Fernandes (2023): 45 jogos, 20 vitórias, 10 empates, 15 derrotas. Aproveitamento: 51,8%
  • Fabio Carille (2023): 53 jogos, 30 vitórias, 10 empates, 13 derrotas. Aproveitamento: 62,9%

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