207 trabalhadores são resgatados de trabalho análogo à escravidão em Minas

Os trabalhadores eram submetidos a condições degradantes de trabalho e moradia no interior de Minas

Paula Xavier*

As operações começaram no dia 22 de agosto e terminaram no dia 1° de setembro MPT
As operações começaram no dia 22 de agosto e terminaram no dia 1° de setembro
MPT

São resgatados 207 trabalhadores em condições análogas à escravidão em municípios próximos de Araxá, Patos de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas. 

Uma série de operações, em conjunto, foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em um período de 10 dias. As operações começaram no dia 22 de agosto e terminaram no dia 1° de setembro.

Os trabalhadores eram submetidos a condições degradantes de trabalho e moradia em colheitas de café, batata, alho e palha de milho em fazendas no interior de Minas.

De acordo com o MPT, na região de Araxá houve o resgate de 99 trabalhadores, sendo 25 que trabalhavam na extração da palha de milho em Delfinópolis e 74 na colheita de alho em Nova Ponte.

Em uma das fazenda, o empregador se comprometeu, além do cumprimento de normas de saúde, higiene e segurança no trabalho, ao pagamento de indenizações por danos morais individuais que variam de R$ 5 mil a R$ 18 mil por trabalhador, dependendo do tempo alojado, totalizando R$ 972 mil. Também haverá o pagamento de R$ 500 mil a título de reparação por dano moral coletivo.

As operações comandadas pelo Ministério Público do Trabalho contaram com parceria junto a Auditoria-Fiscal do Trabalho, Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

*Sob a supervisão da jornalista Duda Ramos