Cinco anos após a tragédia da Vale que matou 272 pessoas em Brumadinho, familiares e comunidades afetadas pelo rompimento da barragem da mineradora se reuniram na manhã desta quinta-feira (25) para uma missa em homenagem às vítimas. A Associação dos familiares de vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (AVABRUM) fez um ato na Praça das Joias.
O colapso da barragem de rejeitos (B1) ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, às 12h28, espalhando 10,5 milhões de metros cúbicos, matando 272 pessoas (sendo uma mulher grávida de gêmeos) e desencadeando a maior tragédia do Estado. O volume de rejeito equivale a cerca de 4,2 mil piscinas olímpicas e a área atingida representa 10 quilômetros lineares e 32 km de perímetro da mancha. Isso equivale a 1,6 a área da Lagoa da Pampulha, por exemplo.
Desde o dia 25 janeiro de 2019, a operação Brumadinho dos bombeiros permanece ininterrupta. Hoje a operação chegou a 1827 dias. O foco das operações é encontrar as três joias: Maria de Lurdes da Costa Bueno que estaria na Pousada Nova Estância; Nathália de Oliveira Porto Araújo que estaria no refeitório da Vale e Tiago Tadeu Mendes da Silva que estaria na oficina.
Além de lidar com a dor de mais um ano de perda das 272 vidas, as famílias continuam sem avanços na justiça brasileira e internacional para punir os responsáveis pela tragédia. A ação penal tramitou por mais de 3 anos na justiça mineira, mas, após recursos de dois réus, foi transferida para a Justiça Federal. O processo está na fase de citação e cada réu tem 100 dias para fazer sua defesa, o que deixa o processo ainda mais lento. Não há data para o julgamento.