Os agentes de combate a endemias e agentes sanitários que atuam na dengue em Belo Horizonte decidem pela suspensão da greve após deliberação realizada na manhã desta segunda-feira (25), na praça Afonso Arinos, no Centro da capital. Os profissionais protestam contra o corte, realizado pela prefeitura, do pagamento do adicional de insalubridade.
A medida tomada pelos agentes ocorreu diante da possibilidade de uma reunião com o prefeito Fuad Noman (PSD) e Audiência Pública na Câmara Municipal, marcada para o próximo dia 3 de agosto, às 13h30, no Plenário Camil Caram.
Segundo o Sindibel, Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte, o argumento da prefeitura para a redução ou corte da insalubridade é baseado apenas na troca de um dos venenos da dengue. A entidade reforçou que não foram apresentados estudos consolidados de que o novo veneno não provoca danos à saúde no médio ou longo prazo.
Em nota a PBH informou que em 2020, o produto utilizado pelos agentes foi substituído pelo Cielo, e em 2021 foi emitido um novo Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho. Com isso, os agentes da equipe da dengue passaram a não se enquadrarem mais em nenhum dos parâmetros para pagamento do adicional de insalubridade, não fazendo jus ao adicional.
A prefeitura reforçou que as demais atividades dessa equipe não se enquadram em nenhum outro agente químico, físico ou biológico para o pagamento do adicional.