O médico dermatologista Linton Wallis Figueiredo Souza, de 54 anos, acusado de estuprar nove mulheres, em Montes Claros, no Norte de Minas, é solto após ficar 15 dias preso. Ele vai aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o homem, que foi condenado há 51 anos de prisão por crimes de estupro, foi solto após alvará expedido pela Justiça nessa quarta-feira (24).
O processo tramita em segredo de justiça, mas de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a soltura do dermatologista foi concedida após pedido de habeas corpus da defesa.
Segundo as investigações do caso, o dermatologista aplicava sedativos nas vítimas para cometer os abusos.
Ao todo, 16 vítimas foram identificadas pela Polícia Civil, mas ele foi indiciado em nove casos, já que algumas mulheres optaram por não formalizar a denúncia.
As apurações começaram em 2016, após duas jovens, de 21 e 23 anos, procurarem as autoridades para relatar os abusos. Depois da denúncia, outras vítimas procuraram a delegacia para relatar novos casos.
O homem foi condenado por seis estupros de vulnerável e três estupros mediante fraude. A defesa de Linton alega inocência do cliente conforme provas apresentadas no proceso e laudos oficiais e perícias da Polícia Civil. O advogado do médico ainda informou que já deu entrada com pedido de recurso da condenação.