Empresa é condenada a pagar R$ 10 mil por forçar funcionária a rezar o pai-nosso

Mariana Reis*

Empresa tentou recorrer, mas teve o recurso negado. Canva
Empresa tentou recorrer, mas teve o recurso negado.
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A Justiça do Trabalho concede R$ 10 mil de indenização por danos morais a uma ex-funcionária, obrigada a rezar o Pai-Nosso antes de iniciar a jornada de trabalho em uma empresa de materiais odontológicos de Belo Horizonte.

De acordo com os autos do processo, a vítima, que não é religiosa, disse que ao chegar atrasada para evitar o momento da reza, era ofendida e ameaçada pela diretora, que dizia que reduziria a comissão da funcionária.

A colaboradora provou também que passou a ser perseguida desde que comunicou que estava grávida.

Gestante de alto risco, a funcionária era assediada moralmente quando entregava atestados médicos e gravou conversas com a chefe, mostrando que era coagida.

Para a juíza Juliana Cordeiro, os direitos da trabalhadora estão assegurados no artigo 5º da Constituição, que versa sobre liberdade religiosa.

A empresa tentou recorrer, mas teve o recurso negado.

*Sob supervisão de Laryssa Campos